O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, defendeu nesta segunda-feira (16) a redução no número de partidos no Brasil. Para Cabral, a democracia "ganha" se houver um quadro partidário mais enxuto.

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Sobre o PMDB, Cabral defendeu a fusão da legenda com partidos de "centro"."Eu vejo sempre como boas as iniciativas que levem a um quadro partidário mais enxuto. [...] O PMDB é um partido de centro, ele converge para o centro. Então partidos que orbitem em torno do centro que desejem fundir com o PMDB eu acho que são muito bem-vindos", disse o governador fluminense, após participar de reunião sobre desastres naturais no Palácio do Planalto.

Questionado sobre o que o PMDB ganharia se "incorporar" outras legendas, Cabral respondeu: "O PMDB ganha no sentido de amalgamar outros partidos, outras forcas partidárias que virão somar forças no fortalecimento não do partido em si, mas na construção".

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Para Sérgio Cabral, eventuais fusões poderiam também fortalecer a base aliada do governo Dilma Rousseff. "Por mais que haja, dentro do governo federal, diversos partidos apoiando o governo, a base está centrada no PT e no PMDB. Essa é uma prova concreta que esse tipo de fusão fortalece essa aliança. Eu não estou dizendo de uma maneira monolítica. Há oposição, e tem que se respeitar a oposição. Mas sob o meu ponto de vista de governabilidade, e de um pais que está indo no caminho certo com a presidente Dilma, ganha a meu ver, o Brasil", afirmou Cabral.

O governador negou que um eventual fortalecimento do PMDB, gerado pelas fusões, poderá ocasionar um movimento pela candidatura própria do partido à Presidência em 2014. "Eu sou cabo eleitoral da reeleição da presidente Dilma", disse.

Fusão

Na manhã dessa segunda, o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, afirmou que a direção do PMDB está negociando a fusão de alguns partidos à legenda.

Segundo ele, as conversas devem se intensificar após as eleições municipais de outubro com três ou quatro partidos. Raupp disse que não pode citar agora quais são as legendas com os quais já há conversas sobre a fusão.

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Perguntado se as negociações se darão apenas com partidos da base do governo da presidente Dilma Rousseff, o senador disse: "Não necessariamente".Raupp está em Belo Horizonte, onde participa do encontro do PMDB com candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores em Minas Gerais.