Tudo em família
Disputa terá vários "herdeiros"
Além de Eleonora Fruet (PDT), há outros potenciais candidatos com sobrenomes de peso político. Nesta linha, desponta o nome de Bruno Ducci, sobrinho do prefeito Luciano Ducci (PSB). Ele foi lançado como pré-candidato a vereador pelo mesmo partido do tio.
Outro exemplo de herdeiros políticos que devem concorrer são os filhos do ex-governador Orlando Pessuti (PMDB), Moisés e Bruno, que se filiaram ao PSC. Bruno era membro da direção nacional da juventude do PMDB e Moisés integrante da executiva estadual peemedebista. A ideia do partido é que pelo menos um dos dois filhos do ex-governador seja candidato a vereador na chapa de Ratinho Júnior (PSC), pré-candidato a prefeito de Curitiba.
O cientista político da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Ricardo Oliveira, avalia que o quadro mantém o padrão das eleições legislativas na cidade. "Nomes da mídia ligados ao esporte a o bloco dos juniores de famílias com tradição na política: este é o pacote tradicional das eleições legislativas municipais. É mais do mesmo", afirma.
A pouco menos de um ano das eleições municipais de 2012, o palco da corrida à Câmara Municipal de Curitiba é estrelado por pré-candidatos com grande exposição na mídia, como radialistas, personalidades ligada ao esporte e sobrenomes tradicionais da política local. Os partidos que tinham até o último dia 7 para filiar possíveis concorrentes ao pleito do ano que vem se esforçaram para angariar "puxadores de votos".
Exemplos deste fenômeno são os radialistas Edmar Colpani da Rádio Banda B, e o ex-jogador do Atlético Paranaense Barcímio Sicupira, que também é comentarista esportivo da Banda B. O primeiro se filiou ao PSB, e o segundo, ao PTdoB.
Sicupira revela que tem sido assediado para concorrer, mas que ainda não recebeu um convite formal. O PTdoB deve integrar a coligação de uma eventual candidatura do deputado Ratinho Jr. (PSC) à prefeitura. "Há uma especulação a este respeito, mas é uma situação que precisa ser avaliada com cautela. Tenho a minha profissão que eu amo e já tive outras experiências não muito boas", disse.
Outra filiação recente que pode ajudar a "puxar votos" é a da ex-secretária municipal de Educação Eleonora Fruet. Ela acompanhou o irmão Gustavo Fruet na migração do PSDB ao PDT. Eleonora não confirma que será candidata, mas nos bastidores seu nome é cotado para aumentar a representatividade no partido na Câmara. "Só o tempo dirá. Eu nasci em um comitê eleitoral, então eu sempre participo de alguma forma da campanha. Mas não há nenhuma definição ainda", disse.
Nos bastidores também é grande a expectativa da candidatura do ET, personagem cômico bastante popular das narrações esportivas da Rádio Transamérica. Douglas Bay, que encarna o personagem no rádio, se filiou ao recém-criado PSD. Ele é tido como um potencial "Tiririca" da próxima eleição municipal. No entanto, Bay conta que não cogita se candidatar, pelo menos "não por enquanto". Ele explica que sua filiação se deve ao trabalho com produções de áudio, pois deve prestar serviço ao partido na próxima campanha. "Não passa pela minha cabeça agora. Até para não queimar o personagem que levei tantos anos para consolidar. Mas não descarto pensar nisto em outro momento, se for para contribuir com a cidade", disse.
Novo partido
Além do ET, o PSD conseguiu angariar outros nomes com chances para uma vaga na Câmara Municipal de Curitiba. O novo partido nasceu desfalcando outras legendas. Os vereadores Jairo Marcelino e Roberto Hinça debandaram do PDT para a nova sigla. Na lista do PSD também constam os nomes da artista plástica Do Carmo Fortes e seu filho Frederico Fortes, economista. Eles são filha e neto de Tenório Cavalcanti, folclórico político da Baixada Fluminense, conhecido como o "Homem da Capa Preta" e por andar armado com uma metralhadora que chamava de "Lurdinha".
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