“É uma situação que precisa ser avaliada com cautela. Tenho a minha profissão que eu amo e já tive outras experiências não muito boas.” Barcímio Sicupira (PTdoB)| Foto: Antônio Costa/ Gazeta do Povo

Tudo em família

Disputa terá vários "herdeiros"

Além de Eleonora Fruet (PDT), há outros potenciais candidatos com sobrenomes de peso político. Nesta linha, desponta o nome de Bruno Ducci, sobrinho do prefeito Luciano Ducci (PSB). Ele foi lançado como pré-candidato a vereador pelo mesmo partido do tio.

Outro exemplo de herdeiros políticos que devem concorrer são os filhos do ex-governador Orlando Pessuti (PMDB), Moisés e Bruno, que se filiaram ao PSC. Bruno era membro da direção nacional da juventude do PMDB e Moisés integrante da executiva estadual peemedebista. A ideia do partido é que pelo menos um dos dois filhos do ex-governador seja candidato a vereador na chapa de Ratinho Júnior (PSC), pré-candidato a prefeito de Curitiba.

O cientista político da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Ricardo Oliveira, avalia que o quadro mantém o padrão das eleições legislativas na cidade. "Nomes da mídia ligados ao esporte a o bloco dos ‘juniores’ de famílias com tradição na política: este é o pacote tradicional das eleições legislativas municipais. É mais do mesmo", afirma.

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Eleonora Fruet.
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A pouco menos de um ano das eleições municipais de 2012, o palco da corrida à Câmara Mu­­nicipal de Curitiba é estrelado por pré-candidatos com grande exposição na mídia, como radialistas, personalidades ligada ao esporte e sobrenomes tradicionais da política local. Os partidos – que tinham até o último dia 7 para filiar possíveis concorrentes ao pleito do ano que vem – se esforçaram para an­­gariar "puxadores de votos".

Exemplos deste fenômeno são os radialistas Edmar Colpani da Rádio Ban­­­­­­da B, e o ex-jogador do Atlé­­tico Para­­naense Barcímio Si­­cupira, que também é comentarista esportivo da Banda B. O pri­­meiro se filiou ao PSB, e o se­­gundo, ao PTdoB.

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Sicupira revela que tem sido assediado para concorrer, mas que ainda não recebeu um convite formal. O PTdoB deve integrar a coligação de uma eventual candidatura do deputado Ra­­tinho Jr. (PSC) à prefeitura. "Há uma especulação a este respeito, mas é uma situação que precisa ser avaliada com cautela. Tenho a minha profissão que eu amo e já tive outras experiências não muito boas", disse.

Outra filiação recente que po­­de ajudar a "puxar votos" é a da ex-secretária municipal de Educação Eleonora Fruet. Ela acompanhou o irmão Gustavo Fruet na migração do PSDB ao PDT. Eleonora não confirma que será candidata, mas nos bastidores seu nome é cotado para aumentar a representatividade no partido na Câmara. "Só o tempo dirá. Eu nasci em um co­­mitê eleitoral, então eu sempre participo de alguma forma da cam­­panha. Mas não há nenhuma definição ainda", disse.

Nos bastidores também é grande a expectativa da candidatura do ET, personagem cômico bastante popular das narrações esportivas da Rádio Tran­­samérica. Douglas Bay, que en­­carna o personagem no rádio, se filiou ao recém-criado PSD. Ele é tido como um potencial "Tiri­rica" da próxima eleição mu­­nicipal. No entanto, Bay conta que não cogita se candidatar, pe­­lo me­­nos "não por enquanto". Ele explica que sua filiação se deve ao trabalho com produções de áudio, pois deve prestar serviço ao partido na próxima campanha. "Não passa pela minha cabeça agora. Até para não queimar o personagem que levei tantos anos para consolidar. Mas não descarto pensar nisto em outro momento, se for para contribuir com a cidade", disse.

Novo partido

Além do ET, o PSD conseguiu angariar outros nomes com chances para uma vaga na Câmara Municipal de Curi­­tiba. O novo partido nasceu desfalcando outras legendas. Os ve­­rea­dores Jairo Marce­­lino e Ro­­berto Hinça debandaram do PDT para a nova sigla. Na lista do PSD também constam os nomes da artista plástica Do Car­­mo Fortes e seu filho Frede­­rico Fortes, economista. Eles são filha e neto de Tenório Ca­­val­­canti, folclórico político da Baixada Fluminense, co­­nhecido co­­mo o "Homem da Capa Pre­­ta" e por andar armado com uma metralhadora que chamava de "Lurdinha".

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