O ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP, foto) e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, condenados no processo do mensalão, poderão passar a Páscoa em casa. Eles estão no grupo de 1.345 detentos do sistema penitenciário do Distrito Federal que passarão o feriado fora da cadeia. Os dois terão que voltar ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP), onde estão presos, na próxima terça-feira. Jacinto Lamas, outro condenado do mensalão, teve seu pedido negado. "A administração, não sei por que razão, comunicou que ele não sairia na Páscoa. Mas não tem determinação judicial nenhuma", disse o advogado de Lamas, George Ferreira. Entre outras regras, a portaria da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal determina que, durante a saída, os detentos não podem "andar na companhia de outros internos ou ex-externos, de quaisquer espécies". Ou seja, Delúbio e João Paulo estão proibidos de se encontrarem durante o feriado.
No médico
A presidente Dilma Rousseff se consultou ontem com o médico Roberto Kalil Filho, em São Paulo, e voltou no fim da tarde para Brasília. "A presidente fez novas avaliações rotineiras cumprindo o quinto ano de acompanhamento clínico desde o início do seu tratamento contra um câncer", informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Em abril de 2009, Dilma informou que fazia quimioterapia para combater um linfoma, um câncer do sistema linfático, na axila esquerda. A presidente deverá passar a Páscoa em Brasília, com familiares.
Esquenta Copa
A Força Sindical planeja realizar protestos durante todas as semanas de maio para tentar melhorar as negociações salariais para as categorias com data-base no primeiro semestre. Os dirigentes da central batizaram o cronograma de protestos de "esquenta Copa". "Queremos aproveitar esse momento de visibilidade para tentar sensibilizar a classe patronal e os governos", afirmou Miguel Torres, presidente da central sindical. Entre os setores que planejam manifestações estão aeroviários, rodoviários, trabalhadores da construção civil, das usinas de etanol e da alimentação, eletricitários, telefônicos, servidores públicos e estivadores.
Supersalários
O Senado vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine cortes nos supersalários de servidores que recebem acima do teto constitucional, que é de R$ 29,4 mil. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), quer que a corte siga orientação do Tribunal de Contas da União (TCU) que determina que todos os servidores recebam como valor salarial máximo o teto previsto pela Constituição.
Usurpação
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) anda preocupado com a marca iPhone. Em discurso no plenário do Senado, Requião disse que, antes de a empresa norte-americana Apple lançar seu smartphone com esse nome, a brasileira Gradiente havia registrado no Instituto de Propriedade Industrial (INPI) um produto com a mesma marca. O produto, segundo o senador, foi apresentado em 2000. O peemedebista acusou a Apple de usurpar a marca amparada em decisões judiciais.
Investigação
A Câmara Municipal de Londrina aprovou ontem, por unanimidade, a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar supostas irregularidades na concessão do Habite-se e na emissão de alvarás na cidade. A comissão terá 90 dias para concluir seus trabalhos, com possibilidade de prorrogação por mais 45 dias. A composição do grupo será definida na terça-feira. A CEI terá três integrantes e pode ser instalada já na próxima semana. Somente um vereador, Roberto Kanashiro (PSDB), não participou da sessão.
Pinga-fogo
"Vamos deixar muito claro que todas as regras previstas para os contratos serão cumpridas. Não haverá mudanças no meio do caminho. Quando o empresário investir no Brasil, saberá que não terá surpresas."
Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à Presidência da República.
Colaboraram: Fábio Silveira, do Jornal de Londrina, e José Marcos Lopes.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”