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A greve dos controladores de vôos que paralisou os aeroportos de todo o país pegou os passageiros de surpresa no aeroporto de Brasília, onde começou a paralisação. Alguns que já haviam embarcado nos aviões tiveram que desembarcar porque a decolagem havia sido cancelada. As empresas aéreas estão se recusando a fornecer hospedagem para os que não conseguiram decolar nos vôos previstos. Elas alegam que, como a greve é dos controladores, a suspensão dos vôos não seria de responsabilidade das empresas.

O professor Walfrido Soares de Oliveira, do Colégio Positivo, que seria passageiro do vôo 3881, da TAM, de Brasília para Curitiba, nesta sexta-feira, esperou a confirmação de embarque em vâo. O vôo deveria ter partido às 17h45min. Primeiro houve a informação de atraso. Somente por volta das 19 horas é que veio a informação que o vôo seria cancelado. Por volta das 22h15 ele e um grupo de professores que viajavam juntos a trabalho não conseguiam voltar para o hotel porque suas bagagens não eram liberadas.

"A bagagem já estava despachada e não foi desembarcada. Agora é preciso esperar alguém da TAM tirar aleatoriamente a bagagem de três aviões que estão estacionados e jogar na esteira", contou Oliveira. "Tem um monte de gente junto à esteira aguardando as bagagens", afirmou.

Ele e os colegas tiveram que recorrer à empresa em que trabalham para conseguir pernoitar em um hotel. "Nós ainda temos essa possiblidade de contar com auxílio da nossa empresa, mas as companhias aéreas não querem bancar a hospedagem dos passageiros".

O professor conta que entre os inúmeros passageiros abandonados pelas empresas aéreas estão dois adolescentes estrangeiros. "Dois jovens uruguaios que vieram para um congresso estão sem dinheiro e completamente sem saber o que fazer. Vão ter que morar no aeroporto até a greve acabar".

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