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O aumento do transporte público vai ficar acima da inflação em todo o estado de São Paulo. Nesta quinta-feira, entram em vigor a tarifa de R$ 2,30 para ônibus, metrô e trens na capital paulista - um reajuste de 15%. Na próxima segunda-feira, dia 4, será a vez do aumento dos ônibus que operam em rodoviárias e dos chamados suburbanos, que ligam cidades do interior paulista. A Artesp, agência de transportes do estado, divulgou nesta quarta-feira que o aumento será de 12,96% nas rodoviárias e de 15,26% nos suburbanos, válidos a partir de segunda.

Quem vai viajar no fim do ano e já tem dinheiro para gastar pode comprar antecipadamente as passagens nas rodoviárias, economizando a diferença do reajuste.

Nos próximos dias, também os intermunicipais da Grande São Paulo ficarão mais caros. A Empresa Municipal de Transportes Urbanos (EMTU) ainda não divulgou o reajuste, mas a decisão está prestes a sair.

A Artesp justificou o reajuste informando que ele levou em conta os gastos com manutenção dos veículos, mão-de-obra e combustíveis.

Nesta quarta, cerca de mil pessoas se reuniram no centro velho de São Paulo para protestar contra o aumento dos ônibus. Os protestos começaram na semana passada, inicialmente feitos apenas por estudantes. Na sexta-feira, no Parque Dom Pedro, a manifestação gerou confronto com a Polícia Militar, que usou bombas de gás pimenta e lacrimogêneo contra os estudantes que haviam ocupado o terminal de ônibus. Foi o mais violento dos protestos, que voltaram a se repetir nesta terça. Apenas na segunda-feira a manifestação reuniu um número pequeno de pessoas, por causa da chuva que deixou a cidade debaixo d'água e provocou 37 alagamentos.

Na manifestação desta quarta os estudantes receberam a adesão de sindicalistas e entidades civis, que aproveitaram para incluir outras reivindicações, como correção da tabela do Imposto de Renda e aumento do salário mínimo.

Os manifestantes se dividiram em dois grupos. Um, se reuniu na Rua Boa Vista, em frente à Secretaria de Transportes Metropolitanos, e o outro, na Praça da Sé. Os dois grupos se uniram na Praça Ramos, em frente ao Teatro Municipal, com carro de som.

Na terça, depois de uma passeata que começou no vão livre do Masp e percorreu a Avenida Brigadeiro Luis Antonio e o centro da cidade, os manifestantes encerraram o protesto com a queima de caixões simbólicos do prefeito Gilberto Kassab e do governador Claudio Lembo, em frente à Prefeitura, no Vale do Anhangabaú.

O protesto contra o aumento dos ônibus não foi o único contra atos da Prefeitura de São Paulo. Também nesta quarta, camelôs sem licença para trabalhar nas ruas do Brás saíram do Largo da Concórdia e seguiram a pé, por 40 minutos, até a Rua Taquari, onde fica a Subprefeitura da Mooca. Os camelôs querem, entre outras reivindicações, agilidade no processo para obter a licença.

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