O novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou nesta terça-feira (12) que não irá misturar assuntos políticos com a administração da área, apesar de ressalvar que continuará a ter uma boa relação com parlamentares. "É preciso não confundir a administração da pasta com aspecto político, mas os parlamentares, sejam eles de que partido sejam, terão tratamento normal da parte do ministério", afirmou.

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Filiado ao Partido da República (PR) desde 2006, Passos disse não se sentir desprestigiado pelos colegas de legenda, ainda que a preferência do partido não fosse a sua escolha pela presidente Dilma Rousseff. "Ao ser indicado para o cargo vou trabalhar prestigiando o partido e espero também ser prestigiado", acrescentou.

Segundo ele, Dilma ordenou que o ministério trabalhe e atue eficiente, mas que fundamentalmente sejam realizados ajustes para que não pairem dúvidas quanto à "retidão" dos projetos tocados pela pasta.

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Ainda assim, Passos afirmou que ainda não tem uma decisão sobre o futuro do diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Luiz Antonio Pagot, e do também afastado diretor da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha. "Não posso me antecipar à decisão da presidente", disse o ministro.

Sobre a possibilidade de o atual diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, assumir o controle do Dnit, Passos se limitou a elogiar a competência de Figueiredo, voltando a afirmar que essa decisão será tomada por Dilma.

O ministro reforçou que tem interesse em acompanhar os procedimentos de investigação que já foram desencadeados no ministério, no Dnit e na Valec pela Controladoria-Geral da União (CGU), que também está acompanhado a investigação interna tocada pela pasta. "Todos os infratores serão responsabilizados", completou.

Para ele, é natural que um ministério com tantos projetos em andamento tenha irregularidades identificadas pelos órgãos de controle. "O que é importante é que se atue de modo a corrigir não só pontualmente, mas estruturalmente aquelas condições e causas que provocam falhas nos projetos", concluiu.

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