Desconhecido fora do círculo político e religioso, o pré-candidato do PSC à presidência, pastor Everaldo Pereira, surpreendeu ao abocanhar o quarto lugar na pesquisa Datafolha para presidência da República, divulgada no dia 23 de fevereiro, com 3% da intenção de votos dos entrevistados.
Vice-presidente do PSC, partido que ganhou notoriedade com a nomeação de Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, no ano passado, Everaldo Pereira, que esteve neste sábado, em São José dos Pinhais, num encontro com líderes locais do partido, afirma que a candidatura não é um blefe e que o PSC, mesmo com 40 segundos de tempo de propaganda eleitoral de rádio e televisão, tem plenas condições de disputar a eleição. "Desde janeiro de 2011 estou rodando o país, fazendo trabalho de base. Não é um blefe", afirma.
Entre as principais propostas do candidato está a privatização de empresas estatais e a implantação do Estado mínimo. "Eu sou privatizante. Quero passar para iniciativa privada tudo o que for possível. O governo precisa se preocupar com educação, saúde e segurança". Sobre as polêmicas envolvendo o partido, o pastor revela que não se preocupa com as repercussões e que o PSC não é um partido religioso. "Somos um partido político, mas norteado pela moral cristã", diz.
Sobre Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Eduardo Campos (PSB), o pastor é enfático e diz que não simpatiza com nenhum dos três. "São bons políticos, mas temos uma linha de trabalho e de propostas totalmente divergente". No Paraná, conta, o PSC deve seguir com o Richa. "Ainda vamos discutir o assunto, mas é natural que o PSC continue com o Beto Richa. O Ratinho Junior, um dos grandes nomes do partido, é secretário e vamos trabalhar para que esta aliança permaneça".
Perfil
Nascido em Acari, subúrbio do Rio, Everaldo Pereira é pregador da Assembleia de Deus, a maior igreja evangélica do país em número de fiéis, com 12,3 milhões de seguidores. Na política desde 1982, trabalhou na campanha do ex-governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola, e foi subsecretário no primeiro governo de Anthony Garotinho.
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