Emilio Odebrecht , em foto de 2006| Foto: PEDRO SERAPIO/PEDRO SERAPIO

Emilio Odebrecht vai depor por meio de videoconferência pela primeira vez ao juiz Sergio Moro no dia 9 de março. O patriarca da empreiteira foi arrolada como testemunha no âmbito da ação penal que o ex-ministro Antônio Palloci e seu filho Marcelo Odebrecht, além de outras 13 pessoas, respondem por corrupção e lavagem de dinheiro em decorrência da Operação Lava Jato.

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Outro que também prestará depoimento na mesma data como testemunha de defesa de Marcelo será o ex-ministro Jaques Wagner. No dia 14, será a vez do depoimento do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.

Moro marca data para ouvir Dilma como testemunha da defesa de Odebrecht

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Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Palocci e seu assessor Branislav Kontic receberam propina para favorecer a Odebrecht, entre 2006 e o final de 2013. O ex-ministro teria trabalhado em Brasília pela aprovação de benefícios fiscais e pela edição de medidas provisórias (MPs), que beneficiaram empresas do grupo Odebrecht, como a Braskem. O ex-ministro também teria facilitado a liberação de linhas de financiamento do BNDES para projetos da construtora em Angola, na África. Entre as provas apresentadas pelo MPF para sustentar essa tese estão uma série de e-mails trocados entre Marcelo Odebrecht, entre outros diretores da empreiteira e Nelson Machado, que compunha a equipe do ministério da Fazenda.

As suspeitas que pairam sobre Palocci surgiram na delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Ele disse que, em 2010, o doleiro Alberto Youssef lhe pediu R$ 2 milhões da cota de propinas do PP para a campanha presidencial da ex-presidente Dilma Rousseff. O pedido teria sido feito por encomenda de Palocci, que nega as acusações.