O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse na noite desta segunda não acreditar que "a oposição vá prejudicar o governo e causar um impasse fiscal de mais de R$ 40 bilhões apenas por motivos políticos". O ministro comentou a tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC), que prorroga a CPMF por mais quatro anos, até 2011.
Paulo Bernardo também disse que a discussão e votação do pedido de cassação do mandato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), marcada para quarta-feira, não deverá influenciar a votação da prorrogação do tributo.
- A CPMF está sendo discutida e preparada para votação na Câmara, o que deve ocorrer até o fim do mês, e somente aí deve ser encaminhada para votação no Senado. Eu acho que até lá essa agitação no Senado deve estar resolvida - comentou, antes de participar do lançamento do 1º Prêmio SOF (Secretaria de Orçamento Federal) de Monografia 2007, que terá dois temas: "Orçamento como instrumento de política e gestão fiscal" e "Promovendo a qualidade do gasto público".
Segundo Paulo Bernardo, apesar das turbulências internacionais o Brasil passa "por um momento positivo". Ele informou que "a economia vai bem, pode crescer de 4,7% a 5%, embora eu tenha visto analistas e institutos falarem em 5,2% de crescimento neste ano".
Sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de cortar 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros anual (Selic), o ministro disse ainda que foi analisado o crescimento da inflação no setor de alimentos.
- Mesmo que todos nós avaliemos que essa inflação nos preços dos alimentos é uma coisa momentânea, o Banco Central está certo em ter uma atitude mais prudente, Foi uma decisão unânime, que não deixa margem para especulações - comentou.
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