O governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), comunicou nesta quinta-feira (18) ao líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), que vai pedir sua desfiliação do partido. Octávio telefonou para o senador, que acompanhava uma missa de sétimo dia em Natal, e disse que vai deixar o DEM.
A informação de que Paulo Octávio comunicou que irá deixar o DEM foi confirmada pela assessoria do governo do DF e do senador Agripino.
Na tarde desta quinta, o governador interino do DF anunciou que não vai renunciar ao cargo. Durante encontro pela manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Paulo Octávio comunicou que estudava pedir renúncia.
O governador interino afirmou que já tinha a carta renúncia pronta, mas que "em nome da governabilidade" decidiu continuar no cargo para lutar contra uma possível intervenção federal no Distrito Federal. "Já renunciei ao direito de me candidatar ao governo do Distrito Federal, mas não posso ainda renunciar da obrigação de servir Brasília", disse.
O pedido de intervenção, protocolado pela Procuradoria-Geral da República, será decido pelo Supremo Tribunal Federal.
Ao dizer que ficará no cargo enquanto aguarda uma decisão do STF, Octávio afirmou que seguiu uma "recomendação" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Planalto negou que Lula tivesse recomendado a permanência do governador interino e o DEM ressaltou que avalia expulsar Octávio do partido. Depois da repercussão do pronunciamento, o governo do DF divulgou que a afirmação do Octávio foi feita "inadvertidamente" e negou que Lula tivesse feito "qualquer sugestão sobre sua permanência ou não no cargo."
A assessoria de Agripino reiterou que a orientação do partido é de que todos os filiados deixem o governo do DF, inclusive Paulo Octávio. "Se ele não deixar o partido, vale o processo de expulsão e o pedido de intervenção no diretório regional", disse.
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