O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), pivô da confusão da quarta-feira na sessão conjunta de duas CPIs do Congresso, renunciou nesta quinta-feira ao cargo de vice-presidente da CPI do Mensalão. O petista reconheceu que foi imprudente ao entrar no carro em que estava o empresário Marcos Valério logo depois de seu depoimento na CPI, na terça-feira.
- A minha atitude, como vice-presidente, expôs o trabalho da CPI. Fui imprudente e me equivoquei. Peço desculpas ao Alberto Goldman. Eu achava que o carro que Marcos Valério estava era oficial, para atender a depoentes. Não tive a intenção de prejudicar - disse Pimenta, segundo um parlamentar que participou da reunião fechada da CPI do Mensalão.
Paulo Pimenta reconhece só ter entrado no carro e não pegado carona. Nesta quinta-feira, porém, o empresário Marcos Valério disse que deu, sim, carona ao petista.
- Ele vinha conversando comigo, assim como outro deputado do Rio Grande do Sul. O outro deputado pegou o carro dele e o Paulo Pimenta pediu para eu deixá-lo mais à frente e eu deixei. Só isso - afirmou.
Indagado sobre a reação da oposição à notícia de que Pimenta pegou carona em seu carro, Valério respondeu:
- Eu não sou nenhum criminoso não.
Na quarta-feira, a confusão começou quando o deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) acusou Paulo Pimenta de ter pegado carona no carro de Marcos Valério ontem de madrugada, logo depois do depoimento à comissão.
Pimenta reagiu dizendo que recebera do advogado de Valério uma lista complementar de beneficiários de saques nas contas de suas empresas. Os tucanos, indignados, alegaram que a lista é apócrifa e teria circulado na véspera, durante o depoimento de Valério à CPI do Mensalão. Da tribuna, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), anunciou que vai propor a abertura de processo de cassação contra Pimenta por quebra de decoro.
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