O engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, estatal rodoviária do governo de São Paulo, disse há pouco, ao chegar para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cachoeira, que não conhece o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e que não tem o que temer.

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Paulo Preto é apontado pela Polícia Federal como responsável por contatos entre a estatal paulista e a empresa Delta Construções. Ele ainda é apontado como operador de um suposto caixa 2 para campanhas tucanas.

"Fui convocado para esclarecer e esclarecerei. Não me sinto intimidado. Vou falar a minha versão, que é a verdade dos fatos", disse Paulo Preto. "Só sou ameaça para os incompetentes", completou.

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Paulo Preto não ingressou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe garantiria o direito de permanecer em silêncio. Pela Constituição Federal, nenhum cidadão é obrigado a produzir prova contra sim próprio, mesmo sem o benefício do habeas corpus. Contudo, o instrumento tem sido requerido por várias pessoas convocadas para depor em CPIs por precaução.

Sobre Cachoeira, o engenheiro disse que o conhece apenas pelo que viu publicado na imprensa. "Não conheço o Carlos Augusto Ramos. O que soube é pela imprensa", frisou.

Cavendish deve ficar em silêncio

A CPMI do Cachoeira se reúne hoje para ouvir, além de Paulo Preto, o ex-dono da Delta Fernando Cavendish. O empresário ingressou e conseguiu habeas corpus para permanecer em silêncio.