O PDT formalizou na reunião de Executiva do partido na tarde de hoje o indicativo de apoio a presidente Dilma Rousseff (PT) para a campanha presidencial de 2014. O apoio simbólico --por se tratar de um indicativo-- coloca mais um partido da base de sustentação do governo na conta de apoio em busca da reeleição de Dilma.

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No momento são contadas também como certas na coalizão governista as seguintes agremiações partidárias: PC do B, PMDB, PR, PRB, PSD, PT e PTB. A formalização oficial acontecerá somente nas convenções partidárias de junho.

A reunião do PDT começou de manhã e terminou no meio da tarde de hoje, na sede da legenda em Brasília. Estavam presentes a Executiva Nacional do PDT, os presidentes de diretórios estaduais, além das bancadas do partido na Câmara e no Senado.

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Entre os 60 votos presentes, sendo eles 19 da Executiva, a maioria foi favorável ao apoio para a presidente Dilma tentar a reeleição. Questionado se o apoio era para Dilma ou ao ex-presidente Lula, petista mais bem avaliado nas pesquisas eleitorais, o presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou que "a retirada de apoio da presidente Dilma [representa] o governo fracassado". "Como você vai explicar isso? Só uma catástrofe."

Lupi afirmou que não vê nos líderes opositores da presidente Dilma --Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB)-- uma opção política. "Qual é proposta à esquerda da presidente Dilma hoje? Voltar a política econômica do ex-presidente Fernando Henrique [Cardoso]?"

O indicativo de apoio chega em meio a queda da popularidade de Dilma, que perdeu seis pontos nas intenções de voto na última pesquisa do Datafolha. Lupi afirmou que é "na hora da dificuldade que você sabe quem são os seus aliados". "Dilma tem uma ligação histórica com o PDT. Ajudou a fundar o partido", disse.

"Faxina"

Lupi foi ministro nos governos Lula e da presidente Dilma entre 2007 e 2011. No início do governo Dilma, o político foi o sétimo chefe de pasta a deixar o cargo na apelidada "faxina" de Dilma.

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No caso de Lupi, a saída ocorreu após denúncias de supostas irregularidades em repasses de recursos à ONGs em convênios com o ministério. O presidente do PDT afirmou que "esse assunto está mais que superado". "Eu não coloco as questões pessoal acima do país. O tempo vai mostrar que fiz um bom trabalho no ministério."Todavia, Lupi disse que o atual ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), envolvido em denúncias semelhantes no ano passado, recebeu "uma postura mais solidária".