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Pegou fogo a reunião do Diretório Nacional do PDT nesta segunda-feira (30) em Brasília, a primeira desde que o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi voltou ao comando do partido após deixar a pasta, sob suspeita de irregularidades. Houve tumultos e vaias de integrantes do Movimento de Resistência Leonel Brizola e parlamentares de Rio, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, que contestaram a volta de Lupi à presidência do PDT.

Uns cobraram seu afastamento imediato e outros exigiram eleição direta com apenas uma reeleição para a direção. Com o controle absoluto do diretório, Lupi rejeitou as propostas e foi apoiado por uma claque barulhenta.

Lupi pôs em votação o pedido de afastamento da presidência da legenda, mas ampla maioria votou por sua permanência. Revoltados, alguns parlamentares argumentaram que sua presença no comando do partido num ano eleitoral pode ser desastrosa.

"O PDT é um partido que tem a bandeira da ética, honestidade e honradez. Como um candidato a prefeito vai tirar fotografia ao lado do presidente Lupi?", protestou o deputado Giovani Cherini (RS).

Também foi pedido o afastamento de Marcelo Panela, tesoureiro do PDT e ex-chefe de gabinete de Lupi , demitido no escândalo. A proposta foi rejeitada por cerca de 90% dos votantes.

O deputado Miro Teixeira (RJ) disse que não há crise no PDT porque os outros estados não se manifestam. E que o problema maior está no Rio de Janeiro, estado de Lupi

"Na época do (Leonel) Brizola, as divergências eram discutidas. O ambiente de debates era aceso. Isso desapareceu", disse.

Segundo relatos, houve forte discussão entre os deputados Brizola Neto (RJ) e Vieira da Cunha (RS), cotado, junto com o secretário-geral, Manoel Dias, para o Ministério do Trabalho. Na confusão, o PDT não decidiu se indicará à presidente Dilma Rousseff um nome para o lugar do ministro interino, Paulo Roberto dos Santos Pinto.

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