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Convidado para fazer parte do "centrão" ou "bloco dos descontentes" com o Palácio do Planalto, o PDT não deve integrar grupo composto atualmente por seis legendas da base aliada e por uma de oposição. "O PDT não vai entrar nisso. Não é assim que se faz política", disse o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. "É verdade que há muitas queixas com relação à aplicação de emendas, na falta de diálogo por falta do governo, mas não vamos colocar a faca no pescoço", acrescentou o dirigente que classificou o momento de queixas por parte de integrantes da base aliada de "tensão pré-eleitoral".

Nesse final de semana, o PSD foi o primeiro partido a deixar o grupo articulado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o líder do PMDB na Casa, Eduardo Cunha (RJ), composto também pelos partidos PP, PR, PTB, PROS, PSC e do partido de oposição Solidariedade.

Os acertos de como será a condução da "bancada dos descontentes" foi feito em jantar realizado na última quarta-feira, 19, em Brasília no apartamento funcional do deputado Luiz Fernando Faria (PP-MG). Na ocasião, estiveram presentes representantes do PSD e PDT. Um novo encontro já está marcado para esta terça-feira, 25. "Foi um encontro para discutir pauta de votação articulado pelo Henrique Eduardo Alves e nós apenas fomos ver do que se tratava", justificou Lupi.

As queixas de integrantes da base se assemelham ao discurso do PMDB que, desde o início do governo Dilma, adotou o mote de que a base chega até a ter "ministro mas não tem ministério".

As principais críticas se concentram no fato de que os programas de maior relevância do governo estão concentrados nas pastas comandadas pelo PT. E que, em razão do esvaziamento dos demais ministérios, pouco poderá ser apresentado como projeto de interesse dos cidadãos na próxima disputa eleitoral. "O sentimento colocado no jantar de ontem é que, dessa forma, o PT vai fazer uma bancada de 100, 120 deputados, enquanto que os demais partidos serão enfraquecidos", disse o deputado Luis Fernando Faria.

A preocupação com o tamanho da bancada da Câmara deve-se em parte ao fato de que tanto a divisão do Fundo Partidário quanto o tempo de programa de TV são baseados pelo número de deputados eleitos.

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