O PDT reiterou o apoio ao ministro pedetista, Carlos Lupi, fragilizado por denúncias de supostas irregularidades na pasta do Trabalho, e reafirmou sua vontade de permanecer na base do governo da presidente Dilma Rousseff, informou o presidente interino da legenda, deputado André Figueiredo (CE). Figueiredo fez a declaração de apoio após reunião da qual participaram senadores, deputados, presidentes de diretórios regionais e a Executiva do PDT, além do próprio Lupi, para "unificar" o discurso, segundo um deputado da sigla, uma vez que parlamentares da legenda chegaram a pedir que Lupi deixasse o cargo. "Os termos são muito claros: reiterar a confiança no ministro Lupi, deixar claro que o PDT tem consciência da importância de continuar na base do governo e a convicção de que a decisão sobre a permanência dele (Lupi) no Ministério (do Trabalho) cabe à presidente Dilma", disse o presidente à Reuters. De acordo com uma fonte que acompanhou a reunião, alguns pedetistas como o deputado José Antônio Machado Reguffe (DF) e o senador Pedro Taques (MT), voltaram a pedir que o ministro deixasse o cargo. A informação foi confirmada por Figueiredo, que diminuiu o impacto das posições dissidentes no partido. "Eles (Reguffe e Taques) manifestaram democraticamente a ideia de que o PDT deveria sair do ministério", disse o presidente. "Mas nós reiteramos a nossa confiança (em Lupi)." De acordo com Figueiredo, há possibilidade de o PDT divulgar nota de apoio em seu site. O Ministério do Trabalho tem sido alvo de denúncias de suposto esquema de cobrança de propina em organizações não-governamentais (ONGs) conveniadas com a pasta. Logo depois, o ministro entrou na mira, após publicação de denúncias de que teria pegado "carona" em avião providenciado por empresário e dirigente da ONG Pró-cerrado, que meses depois assinou convênios com o Ministério. A presidente Dilma decidiu manter Lupi no cargo para não limitar ainda mais as possibilidades que terá na reforma do primeiro escalão no início de 2012.
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