O PDT do Paraná organizou ontem uma megafesta de filiações para receber cerca de mil novos integrantes. Nos discursos, a pré-candidatura do senador Osmar Dias ao governo do estado foi o tema central. Entre os novos pedetistas está o deputado estadual Luiz Carlos Martins, que estava sem partido desde o primeiro semestre, quando deixou o PSL.

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Mesmo com as manifestações favoráveis, Osmar Dias fez questão de destacar que tanto a sua candidatura quanto às alianças que formariam uma frente de oposição ao projeto de reeleição do governador Requião ainda estão em negociações. "Nós estamos em uma fase que estamos conversando com vários partidos. Nossa intenção é apresentar um projeto para o paraná. Ainda não existe nada fechado, nem mesmo a minha candidatura ao governo do estado", afirmou o senador.

O PDT vem mantendo entendimentos com o PSDB, PP, PFL e PSB, entre outras siglas. No evento de ontem, o PSDB, por exemplo, esteve representado pelo ex-deputado e ex-ministro Euclides Scalco; o presidente estadual da legenda deputado Valdir Rossoni; e o prefeito em exercício de Curitiba, Luciano Ducci; e o PFL, pelo deputado federal Eduardo Sciarra. "Tenho um compromisso histórico com o Paraná. Esse estado precisa de um homem digno, honrado, estamos contigo", discursou Scalco.

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Osmar Dias explica que as novas filiações fazem parte de um processo de fortalecimento do PDT no Paraná, uma vez que o partido elegeu uma bancada federal pequena nas últimas eleições e precisa ser fortalecida em 2006.

Sobre o fato de integrantes de partidos aliados estarem envolvidos nas denúncias de escândalos, o senador destacou que em todas as siglas existem pessoas confiáveis e sérias como também os que trabalham em benefício próprio. "Este foi um dos erros do PT, que também tem pessoas respeitáveis: colocar-se como o único partido com ética. Nós não vamos cometer esse erro. Defendemos sim a punição para aqueles que tiverem a sua culpa comprovada", afirmou.

Para as próximas eleições, o pré-candidato pedetista defende pelo menos a aprovação da proposta apresentada pelo senador Jorge Bornhausen (PFL-SC). O projeto proíbe a distribuição de brindes, os showmícios e programas de tevê exageradamente produzidos. "Isso reduziria em 70% o custo das campanhas e seria uma arma importante contra o caixa 2. Além disso, a população teria a chance de ouvir as propostas dos candidatos e não espetáculos audiovisuais", defendeu.