O PDT se mostrou dividido quanto à permanecia do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, no cargo. O senador Acir Gurgacz (RO) apoia a continuidade de Lupi no comando da pasta e disse que tem confiança no trabalho do ministro.
"Você veio aqui colocar tudo a limpo. Vem aqui com o peito aberto. [Isso] é parte da democracia nesse país. Tenho plena confiança no seu trabalho e [estou] firme nessa luta, para que possamos passar esse momento", disse.
Por outro lado, o senador pedetista Pedro Taques (MT) defendeu a saída do ministro e do partido da pasta. "Não há República sem confiança. Tenho lealdade à Vossa Excelência. O PDT, nesse ministério, já não mais detém confiança da sociedade brasileira. Politicamente não temos mais condições de permanecer nesse ministério", afirmou.
Em resposta ao senador, Lupi pediu que desse a ele "o direito de mostrar à população a verdade". "Sou daqueles que luta até o fim. Quem não deve, não teme. A verdade vence. É questão de tempo, mas ela vence", disse.
Lupi descartou ainda que vá deixar o ministério, mas disse que isso é de competência da presidenta Dilma Rousseff. "Uma conversa entre a presidenta e o ministro tem que guardar confiança recíproca. Só posso afirmar que ela pediu que eu ficasse", afirmou
O senador Critovam Buarque (PDT-DF) também defendeu a saída do ministro do cargo e do partido do ministério. "A ideia seria o PDT 'apear' e não indicar ninguém, mas não indo para a oposição. Talvez essa seja uma solução. A saída permitiria nos reaglutinar na busca de uma identidade que está um pouco perdida."
Na última reunião do partido, os parlamentares haviam dado apoio ao ministro e disseram que tinham confiança na sua lisura.
Lupi está na Comissão de Assuntos Sociais do Senado para dar explicações sobre denúncias de corrupção em seu ministério e sobre o uso irregular de um jatinho pertenceria ao empresário Adair Meira, durante viagem ao Maranhão. O empresário é responsável por organizações não governamentais que mantêm convênio com o Ministério do Trabalho.
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