Paulo Pereira: deputado defendeu Lupi| Foto: Antonio Cruz/ABr

Fruet assume diretório pedetista em Curitiba

O ex-deputado federal Gustavo Fruet assumiu ontem a presidência da comissão provisória do diretório de Curitiba do PDT. Pré-candidato à prefeitura em 2012, Fruet disse que o partido vai organizar um seminário até dezembro para formar uma chapa de candidatos a vereador competitiva. "Vamos começar a trabalhar os nomes, mas tudo depende do cenário até as eleições, se vamos fazer coligações ou não", diz.

Segundo Osmar Dias, a intenção agora é reformular a composição do diretório para incluir nomes que possam atuar como interlocutores na formação de alianças com outros partidos. "Isso não pode ficar só na mão do candidato porque sobrecarrega", disse o presidente estadual do partido.

Osmar afirmou que tem conversado com Fruet para evitar que o partido cometa os mesmos erros da última eleição em 2010, quando ele foi derrotado por Beto Richa. "O melhor é fechar as alian­­ças o quanto antes. Assim as pessoas têm tempo para entender melhor o que está sendo feito."

Sandro Moser

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A Executiva Nacional do PDT se reúne hoje, ao meio-dia, na sede do partido em Brasília, para avaliar as denúncias contra o ministro do Trabalho e presidente licenciado da sigla, Carlos Lupi. A reunião, que contará com as bancadas dos deputados e senadores da sigla, foi convocada pelo próprio ministro, que é alvo de denúncias de corrupção envolvendo convênios do ministério com organizações não governamentais (ONGs).

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O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, afirmou ontem que confia no ministro e que ele agiu corretamente, porque acionou a Polícia Federal para investigar as denúncias de irregularidades na pasta. No entanto, as bancadas do PDT na Câmara e no Senado se dividem quanto às acusações sobre Lupi, sendo que alguns defendem o aprofundamento das investigações, com o acionamento, também, do Ministério Público Federal.

Lupi manifestou ontem o desejo de se encontrar com a presidente Dilma Rousseff para esclarecer, pessoalmente, as denúncias de que assessores do ministério teriam cobrado propina de 5% a 15% de propina de ONGs contratadas pela pasta para capacitar trabalhadores. O ministro nega as acusações e diz que as irregularidades foram reveladas pelo próprio ministério. Lupi credita as denúncias a desafetos e afirma que não deixará o cargo.

Cinco centrais sindicais divulgaram ontem um manifesto de solidariedade a Lupi. Para as entidades, o ministro está sendo vítima "de uma sórdida e explícita campanha difamatória e de uma implacável perseguição política, que visa a desestabilização do governo e o linchamento público do titular da pasta". O manifesto é assinado pelos presidentes da Força Sindical, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB).

Comissão de Ética

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu ontem pedir ao ministro do Trabalho esclarecimentos sobre as denúncias de que assessores dele atuam em um suposto esquema de extorsão de dinheiro para liberação de recursos ONGs. Lupi tem dez dias para prestar os esclarecimentos solicitados.

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Segundo o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, trata-se de um procedimento preliminar, que servirá de base para análise da conjuntura.