O PDT tenta isolar os dissidentes que defendem a saída de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho. A ideia era, ao final de uma reunião que estava sendo realizada na noite de ontem, divulgar uma nota em defesa do ministro e do governo de Dilma Rousseff, ignorando os rebeldes. "Não vamos enquadrar ninguém", afirmou o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho.
O partido recuou em sua posição ao longo do dia em relação aos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Cristovam Buarque (PDT-DF) e ao deputado Reguffe (PDT-DF). O deputado começou o dia defendendo que os três deixassem o partido. "Se as pessoas incomodadas são tão éticas que não podem conviver com o Lupi deveriam pedir para sair", disse o presidente da Força, depois de se reunir pela manhã com o ministro.
No final da tarde, o discurso mudou. "Eles não vão ser hostilizados na reunião", garantiu o presidente do diretório de Minas Gerais, Mario Heringer. "O partido não está rachado. Apenas duas ou três pessoas estão com posições diferentes da nossa", emendou Dagoberto Nogueira, presidente do diretório de Mato Grosso do Sul.
Os defensores da saída de Lupi do Ministério reagiram às declarações de Paulinho. "Eu defendo apenas que o Lupi e o PDT deixem o governo, se o Paulinho é mais radical e quer a minha saída do partido basta apresentar um pedido de expulsão para que o partido decida", disse Cristovam. "Se o Paulinho acha que a gente devia sair é uma opinião dele e respeito do mesmo jeito que quero que ele respeite a minha", emendou Reguffe.
A decisão de isolar os dissidentes começou a ser concretizada no meio da tarde de ontem. Inicialmente, a ideia era condenar, mesmo que indiretamente, a postura de Reguffe e dos senadores Taques e Cristovam. Desistiram depois que foram alertados de que, com essa estratégia, dariam um espaço aos dissidentes, que poderiam sair do episódio como vítimas.
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