| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo
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Quem jogar lixo no chão é um pecador. Pelo menos é o que prega a nova campanha da fraternidade da CNBB, lançada ontem. Segundo o secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, na Bíblia não está escrito explicitamente que jogar lixo no chão é pecado, mas o religioso alega que um dos mandamentos cristãos ("amar ao próximo como a si mesmo") permite que se tire essa conclusão. Dom Dimas alega que poluir o meio ambiente se encaixaria como uma infração aos mandamentos de Deus, já que quem polui prejudica seu semelhante.

Muitos políticos brasileiros devem ficar preocupados em saber se a determinação da Igreja Católica é retroativa ou só vale para após a "promulgação" da campanha. Se valer para anos anteriores, muitos terão de prestar contas com a divina providência pelos santinhos, cartazes e demais materiais de campanha que forram as ruas em época de eleição. Muitos vão alegar que pessoalmente não jogaram o material no chão. Os culpados seriam os cabos eleitorais e os próprios eleitores.

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Cabe saber se algum político vai "provocar" o Supremo Tribunal Federal para verificar se a determinação pecaminosa é constitucional ou não, já que as leis não preveem a retroatividade das punições.

Perícia atrasada

Acabou na segunda-feira o prazo para os técnicos do TCU concluírem a perícia, realizada em fevereiro, no prédio anexo do Palácio da Justiça, em Curitiba. O documento ainda não foi entregue. A obra do anexo, concluída em 2005, tem suspeitas de superfaturamento e erros na construção. Os peritos emitirão um laudo técnico para embasar o julgamento do caso no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A previsão é que a perícia seja concluída até o fim de semana. Após a entrega do laudo, o conselheiro do CNJ Walter Nunes (foto) decidirá se houve irregularidades na construção do prédio.

Folia estendida

O feriado de carnaval será mais longo para os deputados federais. Apesar do fim da folia, a Câmara terá sessão ordinária deliberativa apenas na semana que vem. Hoje terá sessão plenária, mas apenas de debates. Assim, com um prazo mais extenso sem pauta de votação, os parlamentares terão, na prática, 12 dias de folga. Com isso, ficou para a próxima terça-feira a definição dos vice-presidentes da Comissão Especial de Reforma Política. Até o momento, apenas o presidente, o deputado Almeida Lima (PMDB-SE), e o relator, deputado Henrique Fontana (RS), foram escolhidos.

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Na maciota

O feriadão carnavalesco também beneficiou os vereadores curitibanos e os deputados estaduais paranaenses. Os parlamentares das duas casas só voltam a dar expediente na próxima segunda-feira.

Para pensar...

"Essa proposta é um escândalo. A presidente Dilma recebeu um aumento de 134%, os parlamentares aumentaram seus salários em mais de 60% e agora o governo tem a cara de pau de querer corrigir o Imposto de Renda abaixo da inflação. A sociedade não pode aceitar tamanha humilhação."

Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara Federal, defendendo um reajuste de 10% na tabela do Imposto de Renda. A proposta do governo prevê 4,5%.

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