Depois de ter a volta à prisão adiada por duas vezes, o pecuarista José Carlos Bumlai se apresentou à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (6), em Curitiba, por ordem do juiz federal Sergio Moro.
O pecuarista, que estava em prisão domiciliar desde março deste ano para tratar de um câncer na bexiga, deve passar por uma perícia médica ainda nesta terça. O procedimento foi solicitado pelo Ministério Público Federal (MPF).
Bumlai foi alvo da 21.ª fase da Lava Jato, deflagrada em novembro do ano passado. Em março, deixou a carceragem da PF para tratar problemas de saúde. Depois de ser denunciado em Brasília por obstrução de Justiça, Moro determinou que o pecuarista voltasse à prisão no dia 23 de agosto. Como Bumlai foi internado em São Paulo no dia 17 com uma infecção grave, a data foi adiada pelo juiz federal para a última terça-feira (30).
Como o pecuarista não recebeu alta a tempo de voltar à prisão, a data foi adiada pela segunda vez por Moro, que determinou que Bumlai se apresentasse nesta terça-feira (6). O pecuarista responde pelos crimes de corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.
Réu na operação Lava Jato, Bumlai é acusado de ter contraído um empréstimo de R$ 12 milhões com o Banco Schahin, em 2004, para repassar ao partido dos trabalhadores. Parte do dinheiro -– R$ 6 milhões – teria sido repassado ao empresário Ronan Maria Pinto, preso na Operação Carbono 14, que ameaçava envolver o ex-presidente Lula (PT) e pessoas próximas ao petista no escândalo do assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.
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