Salários
Reajuste do piso estadual também é alvo de críticas
Além do pedágio, Edson Campagnolo também criticou a definição do salário mínimo regional no Paraná por meio de decreto do governador Beto Richa (PSDB). O reajuste de 12,69% dado pelo tucano elevou as quatro faixas salariais no estado para valores entre R$ 882,59 e R$ 1.018,94.
Na opinião do presidente da Fiep, o assunto precisa ser debatido setor a setor entre os sindicatos de patrões e empregados, já que cada um deles tem dinâmica e características próprias. "Tem de haver um franco diálogo entre os sindicatos, deixando o mercado regular [o reajuste]. Da forma feita hoje, cria-se o caos nas negociações coletivas que estão em andamento", afirmou.
Na visita à Assembleia Legislativa, Campagnolo ainda entregou aos deputados a Agenda Legislativa da Indústria do Paraná para 2013. O documento elenca 23 projetos considerados prioritários para o estado, a fim de embasar as propostas votadas pelos parlamentares. Na visão da Fiep, as áreas mais importantes são a ambiental, a tributária e a de infraestrutura. "A agenda apresenta números e subsídios para que os deputados saibam o impacto que as leis terão para a economia do Paraná e para a competitividade de nossos produtos."
Interatividade
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Em meio ao andamento de estudos do governo do Paraná para implantar novas praças de pedágio no estado, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, afirmou que as tarifas são o fator que mais prejudicam a competitividade dos produtos paranaenses. Da tribuna da Assembleia Legislativa, o empresário disse que falta transparência por parte das concessionárias em todos os aspectos: movimento nas praças, arrecadação e investimentos nas rodovias.
As declarações de Campagnolo foram dadas um dia depois de o líder do governo na Casa, Ademar Traiano (PSDB), confirmar a intenção do governo de instalar novas praças nas rodovias do Paraná. Ao contrário dos contratos em vigor, porém, as novas concessões seriam feitas por meio de parcerias público-privadas (PPPs). A modalidade é tratada pelo Executivo como a única forma de solucionar a constante necessidade de investimentos nas estradas paranaenses. Por enquanto, não há qualquer informação sobre localização e quantidade de praças que poderão ser instaladas.
Para o presidente da Fiep, no entanto, uma decisão como essa deve ser tomada somente após uma ampla discussão com a sociedade. Segundo ele, isso é necessário diante do cenário atual dos pedágios no estado, que envolvem tarifas muito caras e obras previstas em contrato que nunca foram cumpridas.
Contratos
Campagnolo ainda classificou como "irresponsabilidade" a possibilidade de o governo ampliar o prazo dos contratos com as concessionárias, que vencem em 2022, em troca da realização de obras nas rodovias. "Na minha empresa, vou ao mercado buscar o melhor preço e a melhor qualidade para fechar um contrato", afirmou. "Não vou [fechar um acordo] pelos bons olhos do meu fornecedor atual."
Questionado se era a favor, por exemplo, de pedagiômetros nas praças do estado para tornar público o montante arrecadado pelas concessionárias, Campagnolo colocou-se à disposição do governo para ajudar a implantar esse sistema. "Se a arrecadação hoje não justifica os investimentos, então que isso seja mostrado claramente", defendeu. Recentemente, uma proposta nesse sentido, do deputado Tercílio Turini (MD), foi considerada inconstitucional pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia.
Diante da polêmica levantada pelas declarações dadas na última terça-feira, Traiano, ao contrário do que faz em todas as sessões, não foi até o espaço reservado para a imprensa.
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