Após dizer que as pedaladas fiscais tinham virado “motocicletas”, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reduziu o tom ao tratar do tema e afirmou que precisa avaliar se a existência da manobra para fechar as contas também nesse ano configura descumprimento da lei e poderia caracterizar motivo para o impeachment de Dilma Rousseff. “O fato por si só não significa que seja razão do pedido de impeachment. Tem que configurar que há atuação da presidente em processo que descumpriu a lei. Pode existir a pedalada e não existir a motivação do impeachment”, disse Cunha nesta quinta-feira (22).
As pedaladas fiscais são um dos argumentos que embasam o pedido de impeachment de Dilma protocolado na quarta (21) pela oposição.
A peça contempla decretos assinados pelo governo em 2015 que aumentaram em R$ 800 milhões as despesas do Executivo sem autorização do Congresso. Os novos argumentos são uma forma de tentar provar que Dilma continuou a cometer neste ano irregularidades fiscais que levaram o TCU (Tribunal de Contas da União) a reprovar as contas de 2014 da presidente. Cunha explica que ele não tem prazo para avaliar o pedido, mas afirma que terá “cautela em relação a isso”.
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