O Ministério Público Eleitoral na Paraíba deu parecer a uma ação ajuizada pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) contra o governador reeleito do estado, Cássio Cunha Lima (PSDB), e o presidente da Fundação de Ação Comunitária (FAC), Gilmar Aureliano de Lima. A ação pede a cassação do mandato do tucano, que teria cometido abuso de poder político e econômico por meio da distribuição de cheques da fundação.
No parecer, o MPE faz a análise das provas colhidas nos autos e dos argumentos apresentados pela defesa de ambos os investigados, concluindo pela procedência da ação do PCB. De início, o MPE verificou que inexistia lei específica que regulasse um programa sistematizado de assistência financeira a pessoas carentes, por meio da FAC. Verificou-se também que as Leis de Diretrizes Orçamentárias do Estado não trouxeram qualquer detalhamento do programa de distribuição de cheques.
A perícia judicial detectou a inexistência de critérios objetivos para a seleção de beneficiários, que seria baseada unicamente em quem enviasse cartas ao governador ou fossem atentidas por ele próprio ou outros servidores. Para o MPE, essa forma de escolha viola o princípio constitucional da impessoalidade, uma vez que concentra poderes discricionários nas mãos do gestor público e associa os benefícios a sua própria imagem, o que não poderia acontecer em ano eleitoral.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano