O advogado João Graça, que assumiu a defesa de Soraya Garcia, requisitou ontem à Polícia Federal, Ministério Público Eleitoral e à Justiça Criminal a quebra dos sigilos telefônicos da ex-assessora financeira da campanha do PT em Londrina. Graça afirmou que a quebra dos sigilos telefônicos de dois celulares de Soraya deve ajudar a confirmar contatos recebidos por ela durante a campanha, entre maio e dezembro de 2004.

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Além disso, o advogado quer também fitas de vídeo das entradas do Edifício Twin Towers, prédio onde funcionou o QG financeiro da campanha – local de trabalho da ex-assessora. "Queremos saber quem esteve no escritório, horários e as pessoas que mantinham contatos freqüentes com ela para aprofundar as informações já prestadas", explicou Graça.

O advogado pretende também acessar documentos e depoimentos colhidos até agora na investigaçãoi do caixa 2 pela Polícia Federal, "para resguardar os direitos dela". Porém a intenção de Graça deve ser frustrada. Desde ontem, o inquérito tornou-se sigiloso com a chegada de informações bancárias do coordenador de campanha Augusto Dias Júnior, um dos acusados no caso.

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"Independentemente do que a levou a fazer as denúncias, a causa de Soraya é justa", afirmou o advogado, quando perguntado sobre os motivos que o levaram a assumir a defesa. Graça disse ter aceitado a causa gratuitamente por conhecê-la anteriormente. "Conheço-a há quatro anos e temos amigos em comum. Fiquei surpreso com o que estava ocorrendo com ela e decidi assumir o caso depois que ela me ligou", explicou.

A ex-assessora requisitou assessoria jurídica à OAB em Londrina, mas a entidade não atendeu ao pedido. Por dificuldades financeiras, a ex-assessora da campanha petista estaria sendo despejada da casa onde mora – o que também deve merecer a atenção do staff de cinco advogados do escritório, especializado em Direito Eleitoral, Civil e Criminal. Graça informou que desde que começou a fazer denúncias, Soraya "tem sido agredida em sua integridade e atingida por excessos".