Pedido de extradição de Abadía está no STF

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Um pedido de extradição do colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía, um dos traficantes mais procurados pelos Estados Unidos, está, desde o dia 2 de agosto no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. De acordo com o STF, o pedido entregue ao relator, o ministro Eros Grau, foi feito pela Justiça americana. Abadía foi preso nesta terça-feira em um condomínio de luxo em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo. Conhecido como Chupeta, ele é apontado como chefe do Cartel Norte Del Valle, o maior cartel colombiano atualmente, onde está desde 2002. Ele foi surpreendido enquanto dormia. Segundo a polícia, Abadía passou por pelo menos três cirurgias plásticas no rosto para tentar fugir da polícia .

Juan Carlos Ramírez Abadía - DEA A prisão de Abadía foi feita pela Polícia Federal, numa ação conjunta com as polícias dos Estados Unidos, Argentina, Espanha e Uruguai, que colaboraram na investigação. Houve intercâmbio de informações sigilosas entre os países, com base em investigações de lavagem de dinheiro.

O Supremo Tribunal Federal espera um comunicado da prisão de Abadía, que precisa ser enviado pela Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, para que o pedido de extradição entre na pauta de julgamento. Como todos os pedidos de extradição, ele tem prioridade na pauta e será julgado em plenário, por todos os ministros do STF. Se for aceito, Abadía seguirá para os Estados Unidos, onde tem a ordem de prisão decretada por tráfico e homicídios.

Na Colômbia, ele já foi condenado a 25 anos de prisão. Segundo a Polícia Federal, na Colômbia, o acusado responde a inquéritos por mais de 300 homicídios, além de 15 mortes nos Estados Unidos. O STF não sabe informar se o governo americano já tinha informações sobre o paradeiro de Abadía. A hipótese mais provável é que a Interpol tenha avisado os Estados Unidos que Abadía se encontrava no Brasil, levando ao pedido de extradição.