O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, rejeitou pedido do empresário Marcos Valério para impedir o ministro Joaquim Barbosa de julgar o processo do mensalão. Valério argumentava que, ao receber a denúncia do mensalão mineiro, no qual o empresário também é réu, Barbosa fez um prejulgamento do caso do mensalão. Na ocasião, o ministro disse que Valério era "expert em atividades de lavagem de dinheiro" e "pessoa notória e conhecida por atividades de lavagem de dinheiro". Assim, faltaria isenção a Barbosa para julgá-lo. Peluso, no entanto, considerou o pedido "manifestamente improcedente" e destituído de "fundamento legal ou razoabilidade jurídica.
Peluso negou que Barbosa tenha se pronunciado antecipadamente e feito um prejulgamento de Valério. Segundo o presidente do STF, diante do contraditório que há antes da deliberação sobre o recebimento ou não da denúncia, exige-se do relator "fundamentação idônea e suficiente sobre a admissibilidade da ação penal, sobretudo no que tange à presença da materialidade e de indícios suficientes da autoria".