Nas próximas semanas, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá se acolhe ou não o pedido de prisão preventiva do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Medina, feito pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, e já negado pelo ministro Cezar Peluso, do Supremo.
Na sexta-feira, o procurador-geral denunciou Medina ao STF por formação de quadrilha, corrupção passiva e prevaricação e pediu a prisão preventiva do ministro. Para o procurador "são fortes" os indícios de envolvimento de Medina com a organização de magistrados, bicheiros, advogados e policiais presos pela Operação Hurricane, da Polícia Federal.
- Pedi a prisão dele porque estou convencido da culpabilidade dele - afirmou o procurador a auxiliares.
Mas a decisão do Supremo pode demorar. No sábado, Peluso determinou a notificação para que Medina e os demais magistrados acusados apresentem defesa por escrito em até 15 dias. Somente a partir do recebimento da defesa, o ministro Peluso fará o relatório que submeterá ao plenário.
Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado de Medina, criticou o pedido de prisão formulado por Antônio Fernando de Souza.
- O pedido de prisão do ministro Medina foi uma irresponsabilidade do Ministério Público. O que o procurador-geral fez foi jogar o STF contra a opinião pública. Ele sabia que não existia nenhuma razão técnica para a prisão. Tanto que o pedido é pífio. O que ele fez foi muito grave - disse Castro.
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