A votação do relatório final da CPI da Petrobras foi adiada para quarta-feira (16), após o senador Fernando Collor (PTB-AL) pedir mais tempo para analisar o texto, recurso regimental chamado de pedido de vista.
No relatório, de 357 páginas, o líder do governo no Senado e relator das investigações, senador Romero Jucá (PMDB-RR), isenta a Petrobras de supostas irregularidades apontadas pela oposição no requerimento de criação do colegiado. Além de não apontar responsáveis ou irregularidades, Jucá apresenta a sugestão de um projeto de lei com um novo marco regulatório para licitações feitas pela estatal e faz algumas recomendações à empresa para "correção de falhas e aprimoramento".
Nenhum dos senadores de oposição participou da reunião desta terça-feira. Há cerca de um mês, pouco antes da última audiência pública realizada pela comissão, com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a oposição anunciou que estava abandonando as investigações em protesto ao "rolo compressor" imposto pela base aliada, que não deixou serem aprovados requerimentos de interesse do DEM e do PSDB.
"A oposição queria fazer um embate político eleitoral e depois viram que era uma fria. E não teve nada que pudesse dar algum palco para a oposição", ironizou Jucá.