O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou ontem que não fez qualquer tipo de acordo com o governador Orlando Pessuti (PMDB) para a construção de um ramal ferroviário da Ferroeste, na região oeste do Paraná. Segundo ele, foi Pessuti quem apresentou o pedido para a liberação de recursos para o empreendimento, em audiência com o presidente Lula na última quarta-feira.
"Eu disse a ele, na frente do presidente, que havia problemas e que é necessário primeiro que o governo do estado defina qual é o valor da obra", declarou o ministro. A construção do ramal ferroviário, que foi colocada por Pessuti na relação de obras prioritárias para o Paraná nos próximos meses, foi alvo de uma denúncia de superfaturamento do ex-governador Roberto Requião contra o ministro Paulo Bernardo.
Requião disse que Paulo Bernardo teria oferecido, em 2007, uma parceria público-privada com a América Latina Logística no valor de R$ 550 milhões para realizar a obra. Segundo o ex-governador, era possível executá-la com R$ 150 milhões.
A obra chegou a ser incluída no PAC-2, avaliada em R$ 573 milhões, mas depois foi retirada por causa das denúncias. Pessuti quer que o empreendimento seja recolocado no programa. "Há um ofício do Requião enviado à Casa Civil informando que esse era o valor (R$ 573 milhões) que o estado previa para a obra", disse Paulo Bernardo. O documento, assinado pelo próprio Requião em 18 de dezembro de 2007, está anexado aos dois processos que Paulo Bernardo move contra o ex-governador na Justiça.
CNJ compromete direito à ampla defesa ao restringir comunicação entre advogados e magistrados
Detalhes de depoimento vazado de Mauro Cid fragilizam hipótese da PF sobre golpe
Copom aumenta taxa de juros para 13,25% ao ano e alerta para nova alta em março
Oposição se mobiliza contra regulação das redes sociais: “não avança”; ouça o podcast
Deixe sua opinião