A Polícia Federal apreendeu três computadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Franca, que eram usados para acessar sites de uma rede de pedofilia. A apreensão surpreendeu professores e alunos e foi realizada depois de seis meses de investigação. As máquinas estavam no laboratório de informática do campus, que é freqüentado por cerca de 2 mil alunos e professores.
Os computadores eram usados para a divulgação de material pornográfico com crianças e adolescentes, segundo a Polícia Federal. Ninguém foi preso. A PF investiga quem seriam os responsáveis pela divulgação do material, mas a Unesp afirma que os usuários não usam senhas.
Em nota, a Unesp informou que "tomará ações preventivas para coibir o uso indevido dos seus computadores". Na universidade existem cerca de 90 máquinas usadas por alunos, professores e funcionários da Unesp.
A apreensão faz parte de uma operação de combate à pedofilia realizada pela PF em todo o país. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 7ª Vara da Justiça Federal de São Paulo e foram cumpridos também em dois endereços na capital. Em um dos endereços, funcionava um escritório de advocacia. Em Brasília, a PF apreendeu computadores de um Cyber Café. Até o momento, ninguém foi preso.
A PF, com apoio do Ministério Público Federal, investigava a suposta rede de pedofilia há cerca de seis meses. A Unesp, em nota, disse que "não tem sentido notícias de que a universidade seria a base da rede das citadas práticas delituosas". A universidade informou, no entanto, que está colaborando com as investigações.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”