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O pedreiro Érico Ferreira, de 40 anos, que vive em Sorocaba, a 100 km de São Paulo, descobriu recentemente que foi trocado na maternidade. Segundo "O Estado de S.Paulo", a troca foi revelada ao pedreiro por uma tia em 2006, mas a confirmação só aconteceu no final do ano, depois de um exame de DNA.

"Não sou filho daquela que sempre me tratou como mãe", disse Érico. "Meus irmãos também não são meus irmãos e agora sei que o pai, por quem chorei muito quando morreu, também não era meu pai", completou.

Ele conta que, mesmo com seus irmãos tendo características físicas diferentes – têm pele e cabelo mais escuros - nunca suspeitou não pertencer biologicamente à família que o criou. Mas estranhava ser o único dos Ferreira a ter olhos verdes.

Agora, Érico procura sua família biológica. O primeiro passo foi procurar o hospital em que nasceu, a Santa Casa de Lins, a 446 km de São Paulo. Ele já descobriu que, no dia em que nasceu, cinco mulheres deram à luz lá. Uma delas, que ele ainda não conseguiu encontrar, tem o mesmo nome da mulher que o criou: Laura.

Mas o pedreiro conseguiu fazer o teste de DNA em um rapaz mais novo, que teria chances de ser eu irmão, filho de uma mulher que teve um bebê naquele dia. O resultado, que já ficou pronto, ainda não foi enviado a Sorocaba, mas segundo Érico, "parece que deu negativo".

O pedreiro diz que não vai desisitir da procura. Uma outra possível mãe, ele praticamente já descartou, por ser oriental. Outra, conta, foi casada com um suiço e é dona de uma fortuna.

"Só falta, depois da vida difícil, quase miserável que tenho levado, descobrir que sou rico", diz, brincando.

Na Santa Casa de Lins, funcionários disseram não saber da possível troca de bebês e afirmaram que os papéis referentes ao período já foram incinerados.

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