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O ex-ministro da Integração Nacional, Pedro Britto, foi confirmado na Secretaria de Portos, novo cargo criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terá status de ministério. O nome de Britto, que pertence à cota do PSB, foi anunciado pelo líder do partido na Câmara, Márcio França. No lugar de Britto, na Integração Nacional, foi nomeado o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que tomou posse na sexta-feira.

A escolha de Britto supre uma reivindicação do PSB, que não estava satisfeito em ter apenas o Ministério de Ciência e Tecnologia no novo governo. No primeiro mandato de Lula, o partido ocupou, além desta pasta, a Integração Nacional, comandada pelo agora deputado Ciro Gomes (CE).

Ainda na sexta-feira, quando Britto deixava o Ministério, Lula indicou que ele seria o titular da nova secretaria.

- Acho que o companheiro (Brito) é daquelas figuras técnicas desse país que o Estado não pode prescindir. Brito que se prepare. Não vai ser moleza. Vai ter tarefa que não acaba mais. Se nós conseguirmos fazer tudo que colocamos no PAC, o sertão vai virar mar, sem o mar precisar virar sertão - afirmou o presidente.

Reformas, ampliação e construção de portos são obras importantes no plano de aceleração do crescimento (PAC).

O PR voltou a se rebelar nesta segunda contra a criação da Secretaria de Portos fora da estrutura do Ministério dos Transportes, que pelo desenho da reforma ministerial voltaria para as mãos de Alfredo Nascimento, que já ocupou a pasta durante parte do primeiro mandato. O partido ameaça deixar o governo caso a mudança se confirme.

- Se assim for, abdicaremos de participar administrativamente do governo. Essa é uma decisão de partido, o que não significa, no entanto, deixar de apoiar o presidente politicamente - disse nesta segunda-feira o líder do PR, Luciano Castro (RR).

Indagado se criaria mais uma dor de cabeça para Lula na montagem de seu ministério, Castro rebateu:

- Nós somos o remédio, não somos a dor de cabeça.

Além dos portos, o PSB desejava administrar também os aeroportos, mas Lula não aceitou a proposta.

De acordo com o desenho da reforma ministerial, os Transportes ficam com o PR, tendo como titular Alfredo Nascimento, que já ocupou a pasta durante parte do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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