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O deputado distrital Pedro Passos (PMDB) se disse inocente das acusações que pesam contra ele, afirmou ter provas, e acrescentou que jamais teria cobrado, ou pedido quaquer benefício ou vantagem pessoal, por suas ações como secretário de Estado, ou como parlamentar. Passos foi preso na última quinta-feira (17) pela Polícia Federal e, até o momento, ainda se encontra detido. As palavras do deputado foram ditadas aos seus advogados, que as retransmitiram por meio de sua assessoria de imprensa.

Segundo denúncias, Passos conseguiu aprovar, na Câmara Legislativa do DF, crédito suplementar de R$ 3,5 milhões que se destinaria à Secretaria de Agricultura para pagamento da Gautama para a construção de barragens na região de Rio Preto. Em troca, teria exigido reiteradamente vantagens indevidas de Zuleido Veras e Fátima Palmeira, como demonstram interceptações telefônicas. O Tribunal de Contas da União (TCU) teria apontado irregularidades no contrato firmado entre o DF e a Gautama.

"As informações que passei aos dirigentes da Gautama, sobre questão envolvendo a obra do Rio Preto, se deram em função do meu entusiasmo e desejo de que essa obra seja realizada, pela sua importância ambiental e social relevantes para o Distrito Federal. Nunca prestei qualquer informação de forma ilegal ou imoral, nunca cobrei ou pedi qualquer favor ou benefício por prestar estas informações e esclarecimentos que me eram solicitadas por funcionários e diretores da Gautama", informou o deputado, na carta repassada neste sábado pela sua assessoria de imprensa.

O advogado do deputado, Herman Teddy Barbosa, já havia informado anteriormente que a polícia confundiu atividades empresariais do deputado com prática de corrupção, e que as suspeitas seriam "infundadas". De acordo com Barbosa, gravações telefônicas realizadas no ano passado em que o deputado apareceria cobrando valores de outros detidos pela PF referem-se a dívidas de cavalos vendidos pelo haras de propriedade de Pedro Passos.

"As acusações infundadas de cobrança de vantagens indevidas, por liberação de emendas, conforme grotesca e apressadamente conclui a Polícia Federal, trata-se, na verdade, do meu direito, como empresário, de cobrar uma dívida contraída por diretores da Gautama", diz Passos neste sábado, no comunicado ditado aos seus advogados.

Ele afirma ter comprado vários cavalos e acrescenta que não desistirá de receber os valores. "E vou continuar cobrando, até que me paguem o valor integral referente às compras ali efetuadas. Os cavalos vendidos foram entregues no ato do leilão e levados para as fazendas da Gautama. Portanto, eu cobrei e continuarei cobrando o que me é devido e de direito", acrescenta.

Na carta ditada, o deputado pede ainda desculpas aos seus "colegas" parlamentares da Câmara Distrital do DF pelos "constrangimentos" trazidos à Casa, e diz também que o envolvimento de seu nome seria "uma grande injustiça e covardia".

Ao contrário de outros acusados, o parlamentar não ingressou com pedido de habear corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele busca que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Distrital relaxe sua prisão. A audiência para avaliar o caso de Pedro Passos está marcada para a próxima terça-feira (22).

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