"As campanhas de desarmamento civil são uma política autoritária"
O deputado federal Abelardo Lupion (PFL), da Frente Parlamentar que defende o direito à legítima defesa, disse que a aproximação do referendo vai aumentar as propagandas enganosas de que o desarmamento irá resolver o problema da criminalidade. "Vão tentar iludir os cidadãos de que a violência é causada pela posse legal de armas para uso em legítima defesa das pessoas e das propriedades", disse.
A violência, segundo ele, é causada por criminosos sem arma registrada e que devem estar "rindo à toa das falácias e passeatas pela paz que só os beneficiam", pois será muito mais fácil assaltar cidadãos desarmados. "O cidadão que compra uma arma na loja, paga pelo registro, apresenta todos os documentos, passa por testes exigidos por lei e tem que provar que trabalha, que possui residência fixa e quer garantir a legítima defesa da vida, da família e do patrimônio. Bandido não faz isso, usa armamento pesado contrabandeado ou roubado", compara.
Para Lupion, existem outros armamentos, não menos fatais, que ficaram de fora da proibição, as chamadas armas brancas, como facas e navalhas. "Há um ano o governo Australiano editou uma lei obrigando proprietários de armas a entregá-las para destruição. Os resultados foram assustadores: os homicídios subiram 3,2% e os assaltos à mão armada 44%", disse. "Temos suficientes informações para afirmar que as campanhas de desarmamento civil são uma política autoritária".
"O bandido vai chegar à nossa casa e vamos fazer o quê?"
O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), não é favorável à tese do desarmamento porque o cidadão não terá como reagir se for vítima de assalto, seqüestro, estupro ou assassinato. "O bandido vai chegar à nossa casa e vamos fazer o quê? Pegar um cabo de vassoura para nos defender?", questiona. Para o deputado, muitos brasileiros querem ter o direito à legítima defesa e não aceitam que o estado assuma essa escolha que é individual. Uma das formas de contornar o problema do uso ilegal de armas, segundo ele, seria a adoção de critérios mais rígidos para comercialização. "O estado tem que ser mais exigente na liberação das armas", sugere.
Hermas Brandão disse ainda que o desarmamento não vai acabar com a violência porque o país é um dos campeões de desigualdade social.
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