Usuários das redes sociais prometem fazer um “barulhaço’’ durante o pronunciamento em cadeia nacional do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nesta sexta-feira (17), das 20h25m a 20h30m.
Internautas criaram um evento no Facebook que já passava de 56 mil confirmações na manhã de hoje.
‘Só falo por mim’, diz Cunha sobre ruptura com o governo
Anunciado no final da manhã desta sexta-feira (17), o rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo, deverá, neste primeiro momento, se restringir apenas ao peemedebista.
Leia a matéria completaCom o título “Barulhaço no Pronunciamento de Eduardo Cunha (em cadeia nacional de rádio e TV)”, o grupo convida os internautas a baterem “panelas, latas, tambor” e outros objetos. A descrição do evento faz críticas às posições de Cunha em relação a temas como a redução da maioridade penal e o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Também critica a “impunidade’’ nos processos judiciais que envolvem Cunha.
Uma das fotos da página mostra trechos do depoimento do consultor Júlio Camargo, dado ontem à Justiça Federal. Camargo afirmou que foi pressionado pelo presidente da Câmara a pagar US$ 10 milhões em propinas referentes a dois contratos de US$ 1,2 bilhão de navios-sonda, assinados pela Petrobras entre 2006 e 2007.
Segundo o delator, Cunha pediu US$ 5 milhões pessoalmente a ele. Ao jornal “O GLOBO”, Cunha negou a acusação e afirmou que o delator é um “mentiroso”.
“Nesse momento memorável, se algum batedor de panela quer expressar sua verdadeira indignação contra a corrupção, que bata agora sua panela ou cale-se para sempre!”, diz o autor da postagem.
No Rio de Janeiro, outro evento prepara uma concentração para o “barulhaço’’ na Praça São Salvador, em Laranjeiras, a partir das 18h30m. Mais de 400 pessoas confirmaram presença.
“Vamos elaborar cartazes contra a permanência de Cunha na presidência da Câmara dos Deputados, e distribuir apitos”, diz o evento.
Após o pronunciamento, às 20h40m, eles vão realizar uma reunião aberta ao público para criar uma campanha permanente “Fora Cunha”.
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