A revista americana “Fortune” incluiu o juiz Sérgio Moro em 13º lugar em sua lista dos 50 líderes mais influentes do mundo, que reúne ativistas, empresários, religiosos e políticos. A compilação foi divulgada na quinta-feira pela publicação. Moro, que conduz a Operação Lava-Jato, aparece à frente de nomes como Bono, vocalista do U2, e de líderes que vêm promovendo mudanças em seus países, como o presidente da Argentina, Maurício Macri (26º), e o premier canadense Justin Trudeau (48º).
Moro é o único brasileiro da lista. Quando indagado sobre o que achou da novidade, o juiz brincou: “Pelo menos estou à frente do Bono.”
A “Fortune” é especialista em reunir em listas líderes e empresas que se destacam ao redor do mundo. Há três anos elabora essa lista mais abrangente, com personalidades de diversas áreas. A ex-presidente da Petrobras Graça Foster, por exemplo, apareceu como a quarta mulher mais poderosa do mundo em 2014.
“Nós reconhecemos aqueles que estão inspirando outros a agir, a segui-los em uma busca digna”, diz a revista ao explicar que a lista de líderes reúne pessoas de quem, muitas vezes, seus leitores nunca ouviram falar, mas “que estão conseguindo reunir seguidores para tornar a vida melhor”. A lista de líderes reúne pessoas de diversos setores, como ativistas de direitos humanos e presidentes de bancos centrais.
No topo
Quem lidera a lista deste ano é o fundador da Amazon, Jeff Bezos, que comprou um dos mais importantes jornais do mundo, o “Washington Post”. Ele é seguido pela chanceler alemã Angela Merkel, pela líder de Mianmar Aung San Suu Kyi e pelo Papa Francisco, que ocupa o quarto lugar.
O jornalista e escritor líbio Moisés Naím, colunista do jornal espanhol “El País” e especialista em América Latina, foi o convidado pela “Fortune” para escrever sobre o juiz brasileiro. Para ele, Moro é “um telegênico juiz federal, principal protagonista da edição brasileira, em vida real, dos Intocáveis”.
“A presidente Dilma Rousseff está sob risco de impeachment e a reputação do ex-presidente Lula está rasgada. E mais importante: a coexistência passiva com a longa endemia da corrupção na América Latina está se tornando um hábito do passado”, escreveu Naím.
A “Fortune” já incluiu Bill Gates e sua mulher, Melinda Gates, na edição de 2014; o casal ficou em 18º lugar. Ano passado, Joanne Liu, presidente da ONG Médicos Sem Fronteiras, esteve entre as personalidades em destaque.
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