Alckmistas e serristas concordam em pelo menos um ponto: acham que FH deveria submergir. Embora não endossem a versão petista de que "a comparação favorece o governo Lula", sabem que o PSDB estará perdido se a agenda da campanha for fixada no passado. Tanto que o Planalto festeja cada entrada do ex-presidente em cena, como na convenção de José Serra domingo em São Paulo. O problema é encontrar quem fale com FH. Enquanto ninguém se habilita, ex-integrantes de seu governo, como Clóvis Carvalho e Xico Graziano, seguem defendendo que a campanha gaste tempo, papel e tinta para defender o legado da Presidência tucana.

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Cristão novo – Diante das resistências ao nome de Paulo Lustosa, Moreira Franco, recém-integrado à ala governista do PMDB, passou a trabalhar pela indicação para o Ministério da Saúde, por intermédio de José Sarney. A recepção no Planalto foi fria. Em espera – O nome de Lustosa foi referendado pelas bancadas do PMDB. Lula chegou a acenar que nomearia o presidente da Funasa, mas a fumaça branca não saiu. Engessado – Se novo ministro houver, ele deverá ser nomeado após 1.º de julho, quando não será mais possível mexer nos escalões inferiores – e, portanto, trocar petistas por peemedebistas. Cofrinho – A direção do PT conseguiu arrecadar R$ 52 mil, na convenção de sábado, ao cobrar contribuições atrasadas dos filiados. Quem mais estava em falta com a legenda, que amarga dívida milionária, eram petistas com cargos de confiança no governo federal. Tesouraria – Ruy Altenfelder, ex-secretário de Ciência e Tecnologia do governo de SP, integrará o comitê financeiro da campanha de Alckmin, sob a batuta de Miguel Reale Jr. Ainda faltam dois nomes para compor o grupo.

Catimba – O governo tem obstruído as sessões na Câmara para que a medida provisória do FGTS obrigatório para empregados domésticos caduque. Ela perde a validade no dia 4. Até lá, a ordem do Planalto é não votar nada.

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Paralelo – Enquanto malufistas tentam ressuscitar a candidatura própria do PP ao governo paulista, o presidente estadual da sigla, Celso Russomano, reuniu-se ontem com Orestes Quércia. O peemedebista quer Beto Mansur, ex-prefeito de Santos, para ser o vice em sua chapa. Incômodo – Em nota, integrantes da Juventude do PP negam influência de Maluf nas tratativas com Quércia. O partido tenta se dissociar da imagem do ex-prefeito, mas conta com ele para puxar votos na chapa de deputados. Fechado – Convenção hoje em Salvador homologa o vice na chapa de Jaques Wagner (PT) ao governo da Bahia. É Edmundo Pereira (PMDB), ex-prefeito de Brumado. Mão invisível – O candidato do PC do B ao governo do DF, Agnelo Queiróz, negocia aliança com o Prona. O vice pode ser o deputado distrital José Edmar, ligado a Joaquim Roriz. O ex-governador ajuda a costurar o acordo, como forma de forçar a realização de segundo turno em Brasília. Importado – José Roberto Arruda (PFL), líder nas pesquisas de intenção de voto no Distrito Federal, convidou Vicente Falconi, que coordenou o chamado "choque de gestão" de Aécio Neves (PSDB) em Minas Gerais, para participar da elaboração de seu programa de governo. Puro-sangue – Impedido pela verticalização de se coligar ao PDT, o PSDB do Maranhão lançou chapa pura: o deputado estadual Adílson Lago para o governo, a vereadora de Imperatriz Conceição Formiga para vice e João Castelo para o Senado.

TIROTEIO

* Do deputado estadual Simão Pedro (PT-SP), lembrando a origem política do deputado federal do PSDB cotado para ser vice na chapa de José Serra:

– Frustrado com a ausência de Orestes Quércia em sua chapa, José Serra trabalha o nome de Alberto Goldman, o mais quercista dos tucanos.