Em seu primeiro discurso como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Cezar Peluso conclamou a magistratura brasileira a unir-se em torno "da urgente tarefa" de repensar e reconstruir o Judiciário brasileiro. Como base dessa proposta, Peluso lembrou a importância do papel a ser desempenhado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). "O CNJ precisa convencer a magistratura de que somos todos aliados e parceiros da urgente tarefa de repensar e reconstruir o poder Judiciário como o portador das mais sagradas funções estatais e refúgio extremo da cidadania ameaçada", discursou Peluso.

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O novo presidente do STF não escondeu a alegria de ocupar o mais alto posto do Judiciário brasileiro. "Seria difícil traduzir em palavras a intensidade que vivo nesse instante. Foram mais de 15 mil dias desde a primeira comarca no interior de São Paulo até esta cerimônia."

Seria difícil traduzir em palavras a intensidade que vivo nesse instante. Foram mais de 15 mil dias desde a primeira comarca no interior de São Paulo até esta cerimônia" Cezar Peluso, novo presidente do STF Peluso escolheu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer o primeiro agradecimento por sua chegada ao comando do STF. Ele é o primeiro ministro indicado por Lula a assumir o comando da Suprema Corte.

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O novo presidente do STF também lembrou o ex-ministro Menezes Direito, falecido em setembro de 2009, vítima de câncer. "Recordo o irmão Menezes Direito, que comigo sonhou sonhos de grandeza desta Casa."

Sobre o ministro Gilmar Mendes, a quem sucede na presidência, Peluso disse ter servido com "lealdade e ética retilíneas" todas as ações adotadas pelo colega no comando do tribunal. "As conhecidas e bem-sucedidas inovações que introduziu de modo marcante explicam a inédita aprovação manifestada em editoriais dos mais importantes jornais do país", elogiou Peluso.

Em uma tarde de longos discursos no plenário do STF, Peluso foi o último a falar. Coube ao ministro Celso de Mello, magistrado mais antigo da Corte, a missão de transmitir a mensagem dos magistrados ao novo presidente. Mello falou pouco mais de uma hora e relembrou fases da vida e da carreira de Peluso, valorizando sempre a atuação do colega no Judiciário.

Mais econômico nas palavras, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, transmitiu a mensagem de apoio do Ministério Público ao novo comandante do STF: "Vossa Excelência tem o apoio de todo o Ministério Público do país".

"Lei é para todos"

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, fez crítica indiretas aos supostos abusos praticados por políticos e repetiu a advertência feita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo ex-presidente do STF ministro Gilmar Mendes, de que a lei é para todos.

"Traço aqui uma linha de reflexão para lembrar que a lei é para todos e, segundo a Constituição, todos são iguais perante ela. Quando me refiro a ‘todos’, significa do topo da pirâmide até a sua base, pois somente a lei, quando observada em seus ritos e procedimentos, representa o antídoto contra qualquer prática de crime", afirmou Ophir. "Não importa que seja de um simples delito, passando pelo desrespeito à legislação eleitoral, até o mais sofisticado golpe de ataque ao erário público", complementou.