Novos números da Operação Lava Jato apontam, segundo o Ministério Público Federal (MPF), que, até agora, a soma das penas impostas aos investigados pelo esquema de desvios na Petrobras chega a 638 anos, quatro meses e 15 dias. O último dos 75 condenados foi o ex-deputado federal Luiz Argôlo, que teve pena imposta pelo juiz Sergio Moro de 11 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Os dados do MPF não levam em consideração, porém, os benefícios concedidos a delatores do esquema – até então, conforme o órgão, são 35 acordos de colaboração premiada, 25 deles com pessoas soltas. Outros quatro acordos de leniência foram firmados entre o MPF e empresas investigadas.
Até agora, o MPF elaborou 35 acusações criminais contra 173 pessoas pelos crimes de corrupção contra o sistema financeiro nacional, tráfico internacional de drogas, formação de organização criminosa, lavagem de bens, entre outros. Segundo a Justiça Federal do Paraná, correm 38 ações penais referentes à Operação Lava Jato – 30 principais e oito desmembradas, envolvendo 167 pessoas.
Os crimes já denunciados, conforme o MPF, envolvem o pagamento de propina de cerca de R$ 6,4 bilhões, dos quais R$ 1,8 bilhão já foram recuperados, R$ 654 milhões foram repatriados e outros R$ 2,4 bilhões em bens bloqueados de réus. O valor total do ressarcimento pedido subiu para R$ 14,5 bilhões.
Ao menos 25 pessoas estão presas e outras 11 cumprem prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Cinco acusados cumprem medidas cautelares.