"O pessoal do MST deveria ser relocado para a Granja Cangüiri. Lugar de sem-terra é em propriedade improdutiva."
Ney Leprevost (PP), deputado estadual, ao avaliar a demora do governo estadual em retirar os sem-terra que estavam acampados no centro de Curitiba.
Pente-fino O governo do estado tem pressa na criação de 20 novos cargos de vice-diretor e chefe de segurança de unidades prisionais no Paraná. Mas se depender do líder do governo na Assembléia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), a votação do projeto só vai deslanchar depois que a Casa Civil enviar o impacto financeiro que as contratações vão provocar nas contas do estado. O deputado também quer saber por que o governo não criou os cargos através de decreto.
Risco Um projeto do próprio governo aprovado pelos deputados em abril permite a criação, extinção e remanejamento de cargos comissionados por decreto, sem necessidade de aval da Assembléia Legislativa. Mesmo assim, o governador enviou o projeto criando cargos para os presídios. Talvez por precaução. É que a bancada de oposição entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade no Tribunal de Justiça para derrubar a lei e espera decisão favorável.
Inova A estratégia de recorrer à Justiça vai começar a ser usada com freqüência pela oposição. Em vez de pedir informações para o Executivo, a bancada pretende encaminhar as denúncias diretamente ao Ministério Público do Paraná. Amanhã, o bloco apresenta um projeto criando regras para contenção de despesas. "Só o governador poderá usar cartão corporativo", disse o líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB).
Dinheiro 1 A mensagem orçamentária para 2008 começa a ser discutida nesta semana pela Comissão de Orçamento da Assembléia, que vai abrir prazo para apresentação de emendas pelos deputados. A intenção da bancada governista é aprovar o projeto original do governo sem modificações. O ponto mais polêmico é o porcentual de 3,7% da receita geral do estado que será repassado para o MP.
Dinheiro 2 O presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (DEM), prevê muita discussão porque o Ministério Público irá pedir mais uma vez a intervenção dos deputados para elevar o orçamento, como ocorreu na discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias. "Houve uma negociação clara para arrematar a LDO e não vai ser diferente agora", disse. Na LDO, o governo fixou um repasse de 3,7% da receita e os deputados elevaram para até 4%.
Inútil Os deputados estão conscientes de que em meio ao fogo cruzado entre o governo e o MP, o governador Roberto Requião (PMDB) vai insistir na aprovação do texto original do projeto orçamentário enviado à Assembléia. Se forem aprovadas emendas, o próprio Requião deve vetar depois. "A experiência diz que não adianta inventar moda ou criar despesas novas. Quem dá o tom do orçamento é o governo", avalia Nelson Justus.
Embolou A nova lei que estende a Pato Branco os mesmos incentivos fiscais concedidos a empresas de Foz do Iguaçu revoltou o deputado estadual Reni Pereira (PSB). Autor da lei que criou o pólo tecnológico de Foz, ele cancelou a viagem marcada para o Japão na sexta-feira, onde participaria de uma missão econômica para atrair indústrias para o município. "Não sei quanto tempo vai durar essa lei. Os outros estados vão tentar derrubar na Justiça. Pato Branco não vai ganhar e Foz vai perder. É a política autofágica do governo", disse.
Ocupados A previsão dos deputados estaduais é de uma semana esvaziada na Assembléia, sessões rápidas e poucas discussões acaloradas. Como o prazo final para filiações termina na sexta-feira, a prioridade é correr atrás de nomes com potencial para disputar como prefeito e vice e montar as chapas de pré-candidatos a vereador. Nessa reta final aumenta a briga entre os partidos para atrair candidatos.
Pinga-fogo
A Secretaria Estadual de Comunicação Social terá menos dinheiro para gastar com publicidade em 2008 O governador Roberto Requião (PMDB) deu ordem para cortar a previsão orçamentária da pasta de R$ 8,7 milhões para R$ 8,2 milhões Mas o grosso da propaganda oficial continuará saindo das estatais, como Copel e Sanepar O PSC do deputado federal Ratinho Júnior está montando uma chapa de vereadores na capital com nomes novos, mas com parentesco político Entre eles, João Iensen, filho do ex-deputado federal João Falavinha Iensen, e o advogado Maurício Arruda, genro do senador Flávio Arns (PT). O diretório estadual do PT tem reunião amanhã, na sede do partido em Curitiba, para definir os nomes da chapa estadual que vai concorrer à presidência do partido. Na disputa para substituir o atual presidente, deputado federal André Vargas, estão Gleisi Hoffmann e Tadeu Veneri.
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