Outro lado
Tucano nega que tenha cometido irregularidades
Marconi Perillo informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que todos os bens que possui estão registrados em seu Imposto de Renda. Sobre o fato de não declarar vários imóveis à Justiça Eleitoral, como prevê a legislação, o que daria mais transparência ao eleitor, a assessoria disse que Marconi agiu desta maneira por orientação de seus advogados.
Nas respostas encaminhadas à reportagem, a assessoria de Marconi Perillo argumenta que alguns bens estão em nome de sua esposa, Valéria Jayme Peixoto Perillo, e que foram informados no Imposto de Renda dela. Por isso não constariam da declaração fornecida à Justiça Eleitoral.
No entanto, como são casados por comunhão parcial de bens, toda a aquisição feita após o casamento passa a ser dos dois.
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Desde que assumiu o governo de Goiás pela primeira vez, em 1998, Marconi Perillo (PSDB) multiplicou por cinco seus bens declarados. De R$ 299,5 mil em 1998, saltou para R$ 1,5 milhão em 2010. Mas Marconi, que foi convocado para prestar depoimento na CPMI do caso Cachoeira, possui um patrimônio que vai além do que está escrito.
Em pesquisas nos cartórios goianos, a reportagem identificou pelo menos cinco imóveis que não constam das declarações entregues à Justiça Eleitoral. Um deles, adquirido em 7 de janeiro de 2008, é uma área de mais de um milhão de metros quadrados, que tem entre os compradores Marcelo Henrique Limiro Gonçalves, ex-sócio de Carlinhos Cachoeira na ICF, empresa que faz teste de medicamentos em Anápolis (GO).
A primeira-dama Valéria Jayme Peixoto Perillo juntou-se a um grupo de 12 pessoas e duas construtoras para adquirir um terreno. A área, segundo os registros, foi adquirida por R$ 800 mil, pagos em duas parcelas. O nome de Perillo consta na escritura, mas quem assina é sua mulher. Eles detêm 22% do imóvel.
Em 2010, Marconi fez um negócio que, pelo que está registrado, foi quase um presente do irmão dele, Antônio Pires Perillo. Em 1998, Antônio adquiriu uma área de 43 hectares em Pirenópolis por R$ 30 mil. E, 12 anos depois, em 2010, revendeu o imóvel para o governador por R$ 13 mil. A prefeitura de Pirenópolis, porém, fixou em R$ 120 mil o valor venal da área.
O governador também omitiu o fato de ser coproprietário de um apartamento de 86 m² avaliado em R$ 300 mil. Ele foi adquirido em 2001 e 55% estão em nome de Marly Peixoto, sogra do governador. Os outros 45% são divididos entre Perillo e a mulher.
O governador também deixou de registrar a aquisição de 91 hectares em Pirenópolis. A terra foi comprada em 2003 de sua sogra e dos cunhados. Mais uma vez quem assina é a primeira-dama, com quem vive em regime de comunhão parcial de bens. Ou seja, tudo o que é comprado após o casamento é do casal. Pelas terras foram pagos R$ 70 mil.
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