Permanece o impasse sobre o novo valor do salário-mínimo. Em reunião que terminou pouco depois das 20h, sindicalistas e ministros não chegaram a um acordo e novo encontro foi marcado para quarta-feira que vem, quando se tentará bater o martelo sobre o valor. Os sindicalistas definiram como patamar mínimo o valor de R$ 350, mas o governo só aceita chegar aos R$ 340.
- Se aceitarem os R$ 340, podemos fechar imediatamente. A dificuldade é chegar nos R$ 350 - disse o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
Na reunião, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, apresentou uma proposta de redução da alíquota do INSS de 7,6% para 2,5% para quem ganha um salário-mínimo, o que permitiria um reajuste abaixo de R$ 340, mas os sindicalistas recusaram.
- Isso é muito complicado. Tudo que precisa explicar muito é porque não é bom. Jogamos muito com o ano eleitoral, até porque o governo disse que ia dobrar o valor do salário-mínimo para R$ 400. E se não tiver acordo com o governo, nós vamos para o Congresso - disse Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical.
Os sindicalistas também pedem correção de 13% na tabela do imposto de renda. Também estavam na reunião os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Planejamento) e o presidente da CUT, João Felício.