Dilma esteve em Ponta Grossa nesta terça-feira, em um evento de entrega de casas populares| Foto: Albari Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Presidente tem queda de 19,4 pontos nas intenções de voto

Nova pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República, divulgada nesta terça-feira (16), pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), aponta que a presidente Dilma Rousseff tem 33,4% das intenções de votos dos eleitores.

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O governo da presidente Dilma Rousseff tem a aprovação de 31,3% da população segundo pesquisa divulgada, nesta terça-feira (16), pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O número é inferior aos 54,2% registrados na pesquisa anterior, divulgada em junho, antes das manifestações. A avaliação negativa do governo é de 29,5%.

O desempenho pessoal da presidente foi avaliado como positivo por 49,3% dos entrevistados. O dado mostra queda, em comparação a última pesquisa quando o percentual foi de 73,7%. No total, 47,3% desaprovam a gestão de Dilma. Em junho, os que desaprovavam o governo eram 20,4% dos entrevistados.

A pesquisa registra que a queda na avaliação da atuação da presidente Dilma ocorre após as manifestações públicas realizadas por todo o país "as quais foram motivadas, principalmente, por insatisfação elevada com a qualidade dos serviços públicos, gastos com a Copa do Mundo e com a corrupção", diz o texto.

Nesta edição, foram entrevistadas 2.002 mil pessoas, em 134 municípios de 20 estados, entre os dias 7 e 10 de julho. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Dilma terá dificuldade de retomar popularidade, diz pesquisa

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A pesquisa CNT/MDA indica que dificilmente os índices de popularidade do governo Dilma Rousseff voltarão aos patamares anteriores. "Há uma mudança de paradigma. O que a gente percebe é que o marketing nas redes sociais terá um peso muito superior ao do marketing tradicional para mostrar o que o governante está fazendo", avaliou o presidente da Confederação Nacional do Transporte, senador Clésio Andrade (PMDB-MG).

No levantamento, chamou a atenção o índice de rejeição da presidente, que alcançou 44,7%. "Acima de 40% (de rejeição) é quase inviável eleger, abaixo de 40% pode se recuperar com mais facilidade. A situação mais crítica é a da presidente Dilma. Todos têm possibilidade (de vitória), tecnicamente", comentou o senador do PMDB mineiro.

"O governo agora tem que mostrar resultado, se não, com o marketing tradicional, não vai voltar à situação anterior. Pode melhorar um pouco, mas não volta à situação anterior", completou. Se o cenário econômico piorar, afirmou Andrade, a situação da petista tende a ficar "insustentável".

Na análise do presidente da CNT, apesar de ser rejeitado por 36% dos entrevistados, Aécio Neves tem chances de se eleger, mas a ex-senadora Marina Silva é a que atrai mais o eleitorado, por ser a "menos política dos políticos". "Mas o que mais capitalizou foram os brancos e nulos. Então é uma eleição que está em aberto", observou.

Na pesquisa espontânea, 21,6% disseram que votariam em branco ou nulo e 37,4% não souberam responder. Mesmo com o maior índice de rejeição, Dilma lidera a pesquisa espontânea com 14,8% das intenções de voto, seguida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 10,5%.

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Outros nomes mencionados espontaneamente pelos entrevistados foram o tucano José Serra (1,2%) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa (0,7%).

Quando a pergunta era qual partido gostariam de ver na Presidência da República, 22,1% mencionaram o PT, 5,6% indicaram o PSDB, 2,1% o PMDB e 1,1% o PSB.

Desgaste regional

Ainda de acordo com a pesquisa, 34,2% avaliaram o governo de seu Estado como positivo e 26,5% negativo. Os municípios tiveram uma avaliação positiva de 34,1% dos entrevistados contra 31,4% que fizeram uma avaliação negativa.

Já os deputados e senadores receberam uma avaliação negativa de 33,2% dos entrevistados e apenas 13,4% fizeram uma avaliação positiva dos parlamentares. "O Congresso, por mais que faça uma agenda positiva, não consegue demonstrar (o esforço de trabalho) à sociedade", afirmou o senador, ao defender que o Parlamento faça mais "marketing" de sua atuação.

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