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A saúde vai mal no estado de São Paulo. Depois de uma década de administração do PSDB, que tem como candidato ao Palácio dos Bandeirantes o ex-ministro da Saúde José Serra (também ex-prefeito de São Paulo), a saúde é apontada como problema por 62% dos paulistas. Só há um outro problema que merece tanta preocupação quanto este: o desemprego, cuja solução costuma ser atribuída mais à conjuntura econômica do país do que à ação isolada de cada estado.

Os paulistas apontam ainda como problemas de São Paulo segurança pública (37%), educação (35%), corrupção (20%), moradia (19%) e abandono de menores (9%). A pesquisa foi feita pelo Ibope, entre os dias 28 e 30 de abril, sob encomenda da Federação e do Sindicato das Empresas de Transportes do Estado de São Paulo (FETCESP/SETCESP). Em todo o estado, 1.204 pessoas responderam a seguinte pergunta diante de uma lista de setores apresentada: 'Diga qual é a área onde, na sua opinião, o Estado de S.Paulo está tendo maiores problemas?'

A insatisfação com os serviços de saúde é maior entre as mulheres. Dos 535 entrevistados do sexo feminino, 65% apontaram o setor como problemático. Entre os homens o percentual foi um pouco menor, de 58%. Nas questões de segurança pública, os homens ficam à frente na insatisfação, com 39% das respostas, contra 35% das mulheres.

No quesito saúde chama atenção ainda o setor ser apontado como problema por pessoas de diferentes graus de instrução, com pouca diferença entre eles. Entre os que têm curso superior, 59% disseram que saúde é problema no estado, não muito abaixo do percentual de 61% dos que têm o entre a 5ª e a 8ª série do Ensino Fundamental, 63% dos que têm o Ensino Médio e 64% dos que têm apenas até a 4ª série do Fundamental.

Essa percepção parecida do problema é diferente, por exemplo, do que ocorre com a segurança pública. Enquanto 48% dos que têm curso superior apontam que há problemas nesta área, apenas 32% dos que têm entre a 5ª e a 8ª série têm a mesma opinião.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde disse que não é possível comentar a pesquisa, pois ela não revela em quais serviços o atendimento é preocupante, se nos postos de saúde ou nos hospitais. Afirmou ainda que o Sistema Único de Saúde (SUS), que repassa as verbas para estados e municípios, integra vários níveis de governo e, portanto, não se pode atribuir o problema só ao estado.

O Ibope perguntou ainda como as pessoas se sentem em relação à vida que levam e a resposta não surpreende muito. No interior, 75% das pessoas se dizem satisfeitas ou muito satisfeitas. Na capital, o percentual baixa para 68%, mas é na periferia que os moradores estão mais incomodados: 37% se disseram insatisfeitos ou muito insatisfeitos.

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