O governador Orlando Pessuti (PMDB) assinou ontem os decretos de exoneração de Aírton Pisseti da presidência do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e do jornalista Benedito Pires do cargo de secretário de Comunicação Social. Com a decisão, o atual governador diminui ainda mais a presença de aliados de seu antecessor, Roberto Requião, no governo. Desde que assumiu, em 1.° de abril, Pessuti já demitiu a maioria dos colaboradores de primeiro e segundo escalões ligados politicamente a Requião.
As mudanças provocaram um rompimento entre Requião e Pessuti, parceiros antigos no PMDB. Os ex-aliados estão afastados há cerca de seis meses e o clima entre os dois ficou ainda mais tenso depois que Pessuti, além de exonerar antigos aliados de Requião, passou a evitar o nome do ex-governador quando pede votos para os candidatos da coligação a que ambos pertencem.
Pisseti foi nomeado secretário de Comunicação Social em 2003. Na mesma época, Pires assumiu a Secretaria Especial de Imprensa. Em 2008, depois da polêmica participação de Pisseti na campanha que levou Fernando Lugo à Presidência do Paraguai, Requião o indicou para a presidência do BRDE. Pires o substituiu na secretaria.
Dos 32 cargos de primeiro escalão do governo do estado, só restaram cinco remanescentes do período Requião: as secretárias de Educação, Yvelise Arcoverde; da Administração, Maria Martha Lunardon; da Criança, Telma Alves de Oliveira, da Cultura, Vera Mussi, e da Fazenda, Heron Arzua. Entre os que deixaram seus cargos, a maioria foi exonerada ou remanejada. Três secretários se licenciaram para se candidatar ao Legislativo.
Cargo vago
O vice-presidente do BRDE, Renato de Mello Viana, indicado por Santa Catarina, assume interinamente a presidência da instituição, cuja administração é compartilhada pelos três estados do Sul. Embora até o dia 31 de dezembro a indicação do presidente seja do Paraná, Pessuti terá que consultar os governadores dos outros dois estados parceiros. O mais cotado para o cargo é o atual diretor de planejamento do banco, o engenheiro José Moraes Neto.
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