O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) vai disputar a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná na eleição marcada para o dia 7 de março. Pessuti fez inscrição ontem, no último dia de prazo, e aproveitou para circular pelo plenário durante a sessão pedindo voto para os deputados. Na lista oficial da Assembléia, existem 16 candidatos que pretendem concorrer ao cargo.
A participação de Pessuti foi confirmada depois de muita indefinição. "Não foi fácil a decisão, mas o apelo da bancada e o pedido do governador foram decisivos", explicou.
O convite já havia sido feito por Roberto Requião há 15 dias, e ontem uma nova conversa colocou fim ao impasse. "O Requião me chamou e lembrou que abri mão do projeto de reeleição a deputado em 2002 e topei ser o vice dele. Agora, disse que precisava que eu fosse para o TC e decidi atender a essa convocação do partido", justificou Pessuti.
O vice-governador enfatizou várias vezes que só aceitou entrar na disputa por causa dos apelos dos peemedebistas, mas que o seu projeto político não era ser conselheiro do Tribunal de Contas e sim disputar a reeleição ou ser candidato a senador.
A mudança nos planos foi forçada, segundo ele, pela vaga aberta com a morte do conselheiro Quielse Crisóstomo da Silva, mas não deve ser interpretada como uma acomodação política para que o PMDB possa negociar a candidatura de vice com outros partidos. Pessuti confirmou, no entanto, que as conversas sobre alianças estão ocorrendo com freqüência. O PMDB está dialogando com o PSDB, PL, PV e com o PDT. "Não é segredo para ninguém que o Requião conversa toda semana com o Osmar (Dias)", disse. "Isso é normal nesse período eleitoral".
O vice tem um discurso pronto para tentar rebater o argumento dos deputados de que a vaga para o TC é uma indicação da Assembléia Legislativa e o futuro conselheiro tem que ser alguém técnico e exercendo o mandato de deputado.
Pessuti garante que não perdeu o vínculo com o Legislativo e almoça no gabinete da primeira-secretaria toda semana com os parlamentares. "Nenhum pode dizer que é mais representativo na Assembléia do que eu", desafiou, enumerando cargos que já ocupou como presidente da Casa, relator de CPIs, líder de bancada e presidente da União Nacional dos Legislativos Estaduais (Unale).
Ao oficializar a inscrição no setor de protocolo da Assembléia, Pessuti foi informado de que 15 candidatos se inscreveram. Apesar da concorrência, ele prevê uma eleição tranqüila que deve ser liquidada no primeiro turno. "Tem uma lista de apoio ao meu nome com cerca de 30 assinaturas. Vejo que não terei maiores problemas", avaliou.
Deixe sua opinião