COP-16
Governador leva esposa na comitiva a Cancún
Orlando Pessuti viajou ontem para participar da Conferência da ONU para o Clima (COP-16) em Cancún, no México. A comitiva que acompanha o governador ao evento inclui sua esposa, Regina Pessuti. " Ela é nossa assessora e também advogada especialista em direito ambiental", justificou. Também compõem o grupo representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e técnicos de Itaipu.
"É uma das conferências mais importantes que acontecem no mundo sobre o clima e o Paraná sempre foi convidado a comparecer nestes eventos, em função do trabalho ambiental que realiza. Tanto que já tivemos a honra de sediar esta conferência aqui no estado, em 2006", disse Pessuti.
Segundo o governador, o estado deve apresentar no plenário da conferência alguns exemplos de trabalhos desenvolvidos no Paraná, por ele considerados "referências mundiais na área do meio ambiente". O principal projeto é o programa de recuperação da mata ciliar. (SM)
O governador Orlando Pessutti (PMDB) entregou o comando do estado, ontem à tarde, ao presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus (DEM), afirmando que deixa o estado em "boas mãos" durante o período em que estará no México para participar da Conferência da ONU para o Clima (COP-16), em Cancún.Em uma cerimônia marcada por manifestações de amizade, Justus respondeu dizendo que a oportunidade de exercer o curto mandato é uma homenagem e um voto de confiança à Casa que preside, exatamente no momento que ele mesmo definiu como "o mais conturbado da história da Assembleia".
"Este ano foi difícil. Portanto a Casa sente-se homenageada em governar o estado, mesmo que por uma semana. Eu e meus 53 companheiros da Assembleia estamos orgulhosos."
Pessuti, por sua vez, declarou-se tranquilo e feliz em transmitir o cargo ao amigo Justus. "Passar a administração para as mãos do Nelson [Justus] é uma certeza de que o Paraná estará em boas mãos nesta semana em que estaremos representando o estado no exterior."
Diários Secretos
O "ano conturbado" a que se referiu o governador interino se deve à crise deflagrada na Assembleia pelas denúncias publicadas na série de reportagens Diários Secretos, produzida pela Gazeta do Povo e pela RPC TV, que mostrou um esquema de contratação de funcionários fantasmas e desvio de dinheiro público no Legislativo.
A crise na Assembleia, segundo Justus, já passou por seu pior momento e hoje a Casa segue "a passos fortes para a calmaria absoluta". "Com o trabalho feito por toda a Casa e buscando a transparência definitiva", afirmou.
Justus responde a um processo aberto pelo Ministério Público, acusado de improbidade administrativa ao lado do primeiro-secretário da Assembleia, Alexandre Cury um dos deputados presentes à posse do colega.
Desconforto
O fato de o deputado estar sendo processado pelo MP, entretanto, não causa "desconforto" ao governador Pessuti. "A mim não. Sei que o Nelson está sendo investigado como centenas de outras pessoas que foram eleitas, inclusive aqui no Paraná", argumentou.
Em seguida, Pessuti comparou o caso das denúncias contra Justus ao suposto envolvimento com caixa 2 do governador eleito Beto Richa (PSDB), na campanha eleitoral para a prefeitura de Curitiba em 2008.
"Se eu não pudesse transferir o cargo ao Justus hoje, também não poderia transmitir o cargo ao governador Beto Richa, pois ele também tem processos de investigação ainda da eleição da prefeitura ", afirmou, completando que não cabe ao governador julgar seu sucessor.
"A investigação é feita pelo Judiciário. Cabia ao povo do Paraná no dia da eleição", disse referindo-se à reeleição de Justus, com cerca de 43 mil votos.
O governador interino disse que também não ficou constrangido em assumir o governo em meio ao processo. "Em momento algum. Sinto-me muito honrado e orgulhoso em comandar o estado. Tenho certeza que faremos a lição de casa", garantiu.
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